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Criadores do Nubank ficam entre as pessoas mais ricas do Brasil com IPO do banco digital

Fintech chega à Bolsa valendo US$ 41,5 bilhões e David Vélez sai da operação com pelo menos US$ 8,9 bilhões, o suficiente para colocá-lo entre os dez mais ricos do País; Cristina Junqueira verá seu patrimônio aumentar em US$ 1,1 bilhão

9 dez 2021 - 08h03
(atualizado às 08h09)
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O IPO do Nubank vai alçar os criadores da fintech, David Vélez e Cristina Junqueira, à lista das pessoas mais ricas do País. Com as ações do banco digital precificadas a US$ 9, os cofundadores do Nubank ganharam juntos US$ 10,1 bilhões em patrimônio na abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) do banco digital, ou R$ 55,7 bilhões.

O banco inicia suas negociações na Bolsa de Nova York (Nyse) e na brasileira, a B3, valendo US$ 41,5 bilhões logo de partida - ou R$ 233 bilhões, considerada a taxa de câmbio a R$ 5,60, e assim atinge o status de instituição financeira mais valiosa da América Latina.

Vélez sai da operação com, no mínimo, US$ 8,9 bilhões a mais, ou R$ 49,4 bilhões. O valor é suficiente para colocá-lo entre as dez pessoas mais ricas do País, se levada em consideração a lista da revista Forbes. Ele ocuparia a quinta colocação entre os brasileiros neste ano, à frente do empresário Rubens Ometto (patrimônio de R$ 46 bilhões) e do banqueiro André Esteves (R$ 39,5 bilhões).

O executivo seria o banqueiro mais bem colocado da lista, superando por exemplo a família Safra. Entre os dez mais ricos, ficaria apenas atrás de Carlos Alberto Sicupira, Marcel Telles e Jorge Paulo Lemann, da 3G Capital, e de Eduardo Saverin, brasileiro, um dos fundadores do Facebook, que tem patrimônio estimado em R$ 97,5 bilhões.

Cristina, por sua vez, verá seu patrimônio aumentar em US$ 1,1 bilhão, ou R$ 6,3 bilhões. A quantia não a colocaria entre as dez mulheres mais ricas do País, ainda segundo a Forbes, mas ela chegaria perto: a décima colocada, Camilla Bueno Grossi, uma das acionistas da Dasa, tinha patrimônio de R$ 7 bilhões.

Os valores coroam a trajetória meteórica do Nubank, criado pelos dois em 2013 e que chega ao mercado com 48 milhões de clientes e operações em três países. Antes de criar a fintech, Vélez era um dos sócios do Sequoia Capital - um dos primeiros investidores do Nubank - para América Latina. Cristina, por sua vez, acumulava passagens por empresas financeiras, como o Itaú, onde cuidava do Itaucard, e a Luizacred, braço de crédito do Magazine Luiza.

Vélez seguirá como controlador do Nubank, com 75% do poder de voto, e Cristina virá em seguida, com 9,3% do capital votante. Eles serão detentores de ações com supervoto, que não serão negociadas no mercado e têm o equivalente a 20 vezes o direito a voto das ações que serão listadas.

Estadão
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