Com grandes fortunas, vêm grandes responsabilidades: o que as pessoas mais ricas do mundo estão fazendo para melhorar a sociedade?
Bilionários investem muito em filantropia, mas será que essas doações são motivadas pelo impacto social ou funcionam como estratégia para benefícios fiscais e melhoria de imagem?
Bilionários frequentemente aparecem nas manchetes por suas doações generosas e iniciativas filantrópicas. Warren Buffett, Bill Gates, Jeff Bezos e MacKenzie Scott destinam bilhões a causas como educação, saúde e meio ambiente. No entanto, por trás dos discursos de generosidade, há uma estrutura que permite que essas doações funcionem como ferramentas de poder, influência e até mesmo isenções fiscais. Em vez de serem apenas benfeitores, esses magnatas moldam o cenário econômico e político global - e, muitas vezes, perpetuam as desigualdades que dizem combater.
Bill Gates na trajetória da filantropia
Considerado um dos filantropos mais "reais" do mundo, Bill Gates consolidou sua imagem por meio da Fundação Bill & Melinda Gates, a maior entidade privada beneficente do planeta. Com mais de US$ 60 bilhões investidos em programas sociais, a fundação foca no combate a doenças infecciosas, desenvolvimento econômico e mudanças climáticas.
Recentemente, Gates deixou o conselho da Microsoft, empresa que cofundou, para "priorizar atividades filantrópicas", e a notícia foi amplamente celebrada pela mídia. O que poucos mencionam é que sua fundação nasceu em um momento crítico para sua reputação, quando enfrentava um processo antitruste por monopólio no setor de tecnologia.
Gates construiu sua fortuna de US$ 130 bilhões explorando o chamado "efeito de rede", que consolidou a Microsoft como líder de mercado ao dificultar a concorrência e garantir monopólios.
Durante os anos 90, a ...
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