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Bolsonaro fala em transferir Coaf para o Banco Central

"O que nós pretendemos é tirar o Coaf do jogo político", afirmou o presidente

9 ago 2019 - 10h00
(atualizado às 10h56)
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O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (9) que o governo pretende transferir o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Ministério da Economia para o Banco Central, visando tirar o órgão do que chamou de "jogo político".

Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto
30/07/2019
REUTERS/Adriano Machado
Presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto 30/07/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Assim que tomou posse, Bolsonaro tentou transferir o Coaf para o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a pedido do ministro Sergio Moro, como forma de ampliar o combate à lavagem de dinheiro, mas a medida foi barrada pelo Congresso Nacional.

O órgão, que foi responsável por revelar movimentações financeira atípicas que resultaram em inquéritos contra o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, agora pode passar para as mãos do Banco Central, segundo o presidente.

"O que nós pretendemos é tirar o Coaf do jogo político, pretendemos. Estamos conversando... vincular ao Banco Central, aí acaba. Tudo onde tem política, mesmo sendo bem intencionado, sempre sofre pressões de um lado ou de outro, a gente quer evitar isso daí", disse Bolsonaro em entrevista coletiva no Palácio da Alvorada, ao lado de Moro.

Sede do Banco Central em Brasília
23/09/2015
REUTERS/Ueslei Marcelino
Sede do Banco Central em Brasília 23/09/2015 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Se o Coaf, por ventura, vá para o Banco Central, vai fazer o seu trabalho sem qualquer suspeição de favorecimento político", acrescentou.

De acordo com Bolsonaro, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, será o responsável por escolher o presidente do Coaf caso a transferência se concretize, e o órgão poderia até mudar de nome.

O presidente também afirmou na entrevista que conversou com a equipe econômica para que a proposta de reforma tributária a ser enviada pelo governo ao Congresso inclua mudanças no Imposto de Renda, ao menos para incluir uma correção de alíquotas de acordo com a inflação.

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