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Brasil tem hora da verdade com realização de megaleilão do pré-sal

6 nov 2019 - 09h41
(atualizado às 10h02)
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Executivos de muitas das maiores petroleiras do mundo estão reunidos no Rio de Janeiro nesta quarta-feira para disputar um muito esperado megaleilão de áreas para exploração de petróleo e gás que será o maior do tipo já realizado na história do país.

Ativistas do clima protestam contra leilão do pré-sal em frente ao Cristo Redentor
05/11/2019
REUTERS/Ricardo Moraes
Ativistas do clima protestam contra leilão do pré-sal em frente ao Cristo Redentor 05/11/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Advogados e executivos têm trabalhado em ritmo frenético nas últimas semanas para definir os termos dos consórcios que darão lances pelos quatro blocos que serão oferecidos na chamada cessão onerosa--uma área de campos offshore com bilhões de barris em reservas confirmadas.

Se todas as áreas receberem ofertas, o governo brasileiro arrecadará 106,5 bilhões de reais em bônus de assinatura, o que ajudará no apertado orçamento fiscal do país e consolidará a ascensão do Brasil como potência petrolífera da América Latina.

A licitação está marcada para começar às 10 horas. As empresas primeiro farão ofertas para Búzios, a maior das quatro áreas, e depois para Itapu, a menor.

Em ambos os campos, a Petrobras exerceu direitos de preferência para ser operadora, com uma participação de pelo menos 30% em qualquer consórcio vencedor. Esses dois campos juntos têm um bônus mínimo de assinatura de cerca de 70 bilhões de reais.

Ainda assim, muita coisa está no ar, principalmente nos dois blocos em que a Petrobras não exerceu direitos de preferência: Sépia e Atapu.

Na quarta-feira, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, até levantou a possibilidade de que esses dois blocos não recebam ofertas. Se isso ocorrer, ele disse que os termos da licitação serão ajustados e essas áreas serão colocadas à venda novamente dentro de oito a nove meses.

Mas somente a venda de Búzios e Itapu já tornaria o leilão um sucesso, disseram autoridades do governo.

Várias empresas, incluindo Total e BP, retiraram-se do leilão ou disseram que os ativos são caros. Outras têm sido mais otimistas.

Segundo fontes do setor, as apostas estão na própria Petrobras, na Exxon Mobil e nas chinesas CNOOC e CNODC, subsidiária da CNPC.

Um advogado do Rio de Janeiro que acompanha o leilão de perto disse que muitos dos participantes devem ter passado a noite de terça-feira em claro para se preparar para a disputa.

"Acho que só vamos saber o que está acontecendo" na quarta-feira, disse na véspera uma fonte de alto escalão da Petrobras, que pediu anonimato devido à sensibilidade das negociações. "Sempre há conversas no último minuto."

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* Gráfico sobre o megaleilão de excedentes da cessão onerosa: https://tmsnrt.rs/35YuObI

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