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Brasil exporta casos de sucesso em redes privativas 5G

Fábrica da Nestlé é exemplo de como a nova tecnologia pode conectar a empresa e ser transformadora

12 dez 2022 - 00h11
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As redes privativas 5G são dimensionadas levando-se em conta as particularidades de uso de cada negócio. No Brasil, existe uma faixa específica de frequências destinada a essas redes - basta que a empresa interessada solicite a concessão à Anatel. Ela é ideal para assegurar desempenho máximo, facilidade na configuração e conexão de máquinas e dispositivos. Também auxilia no desenvolvimento de aplicações específicas como, por exemplo, um device de realidade aumentada que a empresa utiliza. Ainda, pode ser importante para um determinado tipo de automação, conexão para um robô que execute tarefas numa fábrica e até para atendimentos médicos que exijam transmissão de imagens em alta definição.

Hospital das Clínicas implementou uma rede privativa 5G para testes de conectividade avançada
Hospital das Clínicas implementou uma rede privativa 5G para testes de conectividade avançada
Foto: Helvio Romero/ Estadão / Estadão

A fábrica da Nestlé, em Caçapava (SP), é um exemplo de como essa nova plataforma pode ser transformadora. A companhia foi habilitada pela Embratel com o 5G e usa as redes privativas 5G da Ericsson. "Foi a primeira rede privativa 5G implementada para a indústria 4.0 da América Latina e em fábrica da Nestlé no mundo", informa Marcello Miguel, diretor executivo de Marketing e Negócios da Embratel, um dos participantes do evento Fórum Estadão Think "5G em ação - O poder transformador e os desafios na aplicação da nova tecnologia".

A companhia está toda conectada: as máquinas para produção de chocolates, os dispositivos de internet das coisas, como câmeras e sensores, os óculos de realidade virtual e aumentada, os dispositivos móveis para controle e acompanhamento da produção, além dos robôs e outros equipamentos. Existe uma integração que permite a transferência e a análise de dados em uma velocidade 25 vezes maior do que em uma rede 4G. Trata-se de uma "fábrica que pensa" de forma autônoma e com isso tem sua produção, manutenção de equipamentos e logística otimizadas.

Miguel informa que existem outros projetos que estão sendo implementados. A Embratel assinou acordo com a Gerdau para implantar uma rede privativa dedicada ao 5G e ao LTE 4G na planta industrial de Ouro Branco (MG). Um dos objetivos é criar um backbone (rede de transporte) de TI para a evolução da digitalização da maior empresa brasileira produtora de aço. "Será o primeiro projeto de uso da quinta geração da internet móvel no setor do aço na América Latina, alavancando automatização, produtividade, flexibilidade, visibilidade, rastreabilidade, uso de dados e segurança nos processos, incluindo planejamento, produção e logística."

Fábrica da Nestlé foi a primeira rede privativa 5G implementada para a indústria 4.0 da América Latina
Fábrica da Nestlé foi a primeira rede privativa 5G implementada para a indústria 4.0 da América Latina
Foto: Divulgação / Estadão

Hospital das Clínicas testa rede 5G para realização de exames

O líder do Telecom Engineering Centre of Excellence (TEE) da Deloitte, Matheus Rodrigues, destacou no Fórum Estadão Think o projeto Open Care 5G, que funciona no Hospital das Clínicas, em São Paulo. A iniciativa faz parte do núcleo de inovação da instituição, o InovaHC, e implementou uma rede privativa 5G para testes de conectividade avançada no local.

"A rede permite a realização de exames com altíssima taxa de transmissão e recepção de imagens e conexão de dispositivos médicos de monitoramento, como máquinas, sensores, óculos, etc.", afirma.

Futuramente, será pesquisada a possibilidade de uso para casos como intervenções cirúrgicas a distância e também educacionais. "A intenção é democratizar o acesso à medicina de ponta, fazendo com que populações de regiões remotas possam ser atendidas com qualidade pelos médicos do HC", prevê.

Sem latência, o 5G oferece a possibilidade de interação e até manipulação de objetos virtuais, abrindo novas fronteiras para o aprendizado de ponta. "Além disso, existe um alto potencial diante da capacidade de conexão do 5G. Podemos ter 5 mil médicos residentes acompanhando uma aula em realidade virtual, como se estivessem na sala, pessoalmente."

Estadão
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