Bolsa recua de olho no Fed: o que pode mexer com o mercado
Falas de dirigentes do Banco Central dos EUA são aguardadas por investidores atentos aos juros
Com a agenda esvaziada, investidores estão atentos aos discursos de três dirigentes do Federal Reserve nesta terça (7): Raphael Bostic, Michelle Bowman e Neel Kashkari.
A semana começou agitada na Bolsa com foco no encontro entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. O Ibovespa, principal índice doméstico, caiu 0,41%, aos 143.608 pontos, em um movimento interpretado por analistas como uma pausa para realização de lucros.
Entre as ações de destaque, a Vale subiu 1,7%, mesmo sem referência do mercado chinês, que está fechado devido ao feriado da Golden Week. Já a Petrobras recuou 0,57% (ON) e 0,90% (PN), mesmo com a recuperação do petróleo, acompanhando o setor financeiro, que teve perdas em Itaú, Bradesco e Banco do Brasil.
O dólar caiu 0,49%, a R$ 5,31, após o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump reacender expectativas de um acordo comercial e possível revisão de tarifas impostas pelos EUA ao Brasil.
Nos Estados Unidos, o governo segue parcialmente paralisado (shutdown). Com agenda esvaziada, investidores estão atentos aos discursos de três dirigentes do Federal Reserve nesta terça (7): Raphael Bostic, Michelle Bowman e Neel Kashkari. As falas podem indicar se o Banco Central americano vai manter os juros altos por mais tempo.
Na Europa, o clima político segue tenso após a renúncia do primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, enquanto o Banco Central Europeu afirmou que a inflação da Zona do Euro está perto da meta.
Na Ásia, as bolsas tiveram leves altas, com destaque para Taiwan, impulsionada pelas ações da TSMC, beneficiada pelo acordo entre a Open AI e a AMD na véspera.
No Brasil, a agenda do dia segue movimentada em Brasília. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, concede entrevista pela manhã no programa "Bom Dia, Ministro", da EBC. O Congresso tenta votar uma Medida Provisória 1.303, que pode garantir R$ 20 bilhões em arrecadação ao governo.
Em destaque no setor corporativo, a Petrobras assinou contratos de R$ 9,6 bilhões para obras no Rio de Janeiro; a Prio reportou queda de produção em setembro e a JBS anunciou um leilão de ações remanescentes da sua listagem dupla. Por fim, a Telefônica concluiu reorganização na área de educação digital, em parceria com a Ânima.
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