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BC contraria previsões e mantém juros em 14,25% pela 4ª vez

20 jan 2016 - 20h39
(atualizado em 21/1/2016 às 07h54)
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Foto: Gustavo Kahil / O Financista

O Banco Central decidiu manter Selic em 14,25% ao ano. A decisão não foi unânime, com dois diretores votando por um aumento de 0,50 pp.

Confira a íntegra do comunicado do Copom:

"Avaliando o cenário macroeconômico, as perspectivas para a inflação e o atual balanço de riscos, e considerando a elevação das incertezas domésticas e, principalmente, externas, o Copom decidiu manter a taxa Selic em 14,25% a.a., sem viés, por seis votos a favor e dois votos pela elevação da taxa Selic em 0,50 p.p.

Votaram pela manutenção da taxa Selic em 14,25% a.a. os seguintes membros do Comitê: Alexandre Antonio Tombini (Presidente), Aldo Luiz Mendes, Altamir Lopes, Anthero de Moraes Meirelles, Luiz Edson Feltrim e Otávio Ribeiro Damaso. Votaram pela elevação da taxa Selic para 14,75% a.a. os seguintes membros do Comitê: Sidnei Corrêa Marques e Tony Volpon."

Esta decisão passou a ser muito aguardada pelo mercado depois que o presidente do BC, Alexandre Tombini, deu sinais mistos sobre o rumo da política monetária. O BC vinha, por meio de seus documentos e discursos, com um tom “hawkish” (inclinado à alta dos juros), direcionando as expectativas do mercado para uma elevação da Selic em 0,5 ponto com o intuito de garantir que a inflação atinja a meta do governo (4,5%) em 2017.

Ontem, na véspera da decisão, porém, Tombini deu sinais de que pode ceder à pressão política por uma alta menor dos juros, usando a revisão das projeções para a economia brasileira feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional) para isso. Tombini classificou as revisões como "significativas" e enfatizou que essa informação, como todas as demais disponíveis até o momento da decisão do Copom, será apreciada. O mercado entendeu o recado como “dovish” (a favor da queda dos juros).

Presidente do BC, Alexandre Tombini enviou sinais contraditórios para o mercado sobre o rumos dos juros
Presidente do BC, Alexandre Tombini enviou sinais contraditórios para o mercado sobre o rumos dos juros
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / O Financista
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