Vera Holtz brilha com vilania de Mag e faz audiência subir
Atriz ganha a chance de exibir performance vigorosa com virada na trama
Demorou, mas o novelão da Globo começou a reagir no Ibope. Nas últimas duas semanas, A Lei do Amor se mantém no patamar de 27 pontos – voltou a ser a atração mais vista da televisão brasileira.
Esse índice representa 5,5 milhões de telespectadores em 1,8 milhão de domicílios somente na região metropolitana de São Paulo.
A recuperação de público é resultado das mudanças na trama: eliminação de personagens, ritmo mais ágil e foco na melhor personagem da novela.
Mag finalmente entrega o que prometeu: uma vilã sádica e paradoxal, capaz de matar com frieza e, pouco depois, fazer uma oração como se fosse a mais impoluta das carolas.
Uma mulher movida por ambição e egolatria, ao mesmo tempo apaixonada e passional. Contradições que a tornam tão interessante quanto complexa.
Em capítulos recentes, Vera Holtz exibiu performance cheia de energia. Tirou a personagem do marasmo a que ficou acorrentada na maior parte dos três meses no ar.
As chamadas veiculadas antes da estreia criaram a expectativa de uma nova Odete Roitman (Beatriz Segall em Vale Tudo): antagonista elegante e sarcástica com potencial de seduzir os noveleiros e ofuscar mocinhas e heróis ao seu redor.
Porém a trama de Magnólia foi mantida estática por tempo excessivo. A personagem carecia de ação dramaturgia. Problema agora corrigido, ela assumiu para si a condução dos principais enredos do folhetim.
Aos 63 anos e com uma galeria de ótimos tipos na TV, Vera Holtz ganha com atraso a oportunidade de fulgurar em sua primeira protagonista.
A injeção de atitude dada pelos autores em Magnólia é o que a atriz precisava para presentear os telespectadores com mais uma atuação irretocável.
A Lei do Amor voltou a empolgar.