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Vender o SBT pode ser a melhor solução a Silvio Santos

Apresentador precisa garantir a sobrevivência do negócio em tempos difíceis e preparar o futuro do canal sem ele

20 dez 2021 - 09h52
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O novo rumor no meio televisivo é sobre a suposta intenção de Silvio Santos de vender o SBT. Comenta-se até o valor que teria sido pedido pelo empresário: R$ 1 bilhão. Quantia equivalente à receita anual do canal que completou 40 anos no ar em agosto.

Silvio Santos indica preocupação com o futuro da emissora
Silvio Santos indica preocupação com o futuro da emissora
Foto: Fotomontagem: Blog Sala de TV

O principal problema da emissora, assim como o de todas as redes de TV, é o custo operacional e as despesas com funcionários. Esses gastos aumentam consideravelmente de ano a ano e têm feito o lucro ser cada vez menor. O melhor exemplo disso é a Globo. Lucrou R$ 1,8 bilhão em 2017 e, apenas três anos depois, R$ 167 milhões.

Para sobreviver, as grandes emissoras foram obrigadas a se reestruturar: demitir, renegociar dívidas, cortar ou reduzir investimentos. O clichê “televisão é um brinquedo caro” nunca fez tanto sentido. A retração de verbas publicitárias em TV ao longo de 2020 (cerca de 30% a menos), por conta da pandemia, deixou a situação ainda mais delicada.

Apesar das dificuldades, Silvio Santos sempre honrou os compromissos com funcionários, contratados e fornecedores. Aliás, o SBT tem fama de ser a melhor emissora para se trabalhar, com clima mais agradável do que nas concorrentes.

Em dezembro de 2019, na última ‘festa da firma’ antes da pandemia, Silvio discursou a respeito. “Cada funcionário que trabalha aqui, cada funcionário que vive mais aqui do que na própria casa, sente que os colegas são como pessoas da família. Eu espero que Deus conserve essa familiaridade entre vocês, que emprestam o trabalho de vocês para que essa empresa cresça cada vez mais”, disse, sob aplausos.

A possibilidade de o SBT ser vendido fez muita gente ficar apreensiva nos corredores do canal por temer a perda dessa característica especial. Dias atrás, uma declaração de Carlos Alberto de Nóbrega, apresentador de ‘A Praça é Nossa’, gerou ansiedade extra. “Silvio Santos não volta mais para trabalhar”, afirmou em entrevista a um podcast. A assessoria do SBT nega a aposentadoria do chefe.

O ‘dono dos domingos’ está afastado dos estúdios da Anhanguera desde agosto, quando testou positivo para covid-19. Antes, havia ficado recluso em casa de janeiro de 2020 a julho deste ano por fazer parte do grupo de risco. No final de outubro, ele saiu de casa para tomar a dose de reforço da vacina. No dia 12 de dezembro, completou 91 anos.

Ainda que a idade avançada imponha limitações e exija maior esforço, é difícil acreditar que Silvio queira deixar a televisão. Talvez o melhor seja mesmo ele vender o SBT, para se livrar do peso das questões burocráticas e financeiras, e continuar exclusivamente como artista e principal garoto-propaganda da emissora.

Livre da pressão dos principais compromissos administrativos (o pagamento de salários, impostos, dívidas etc.), o comunicador poderia se dedicar exclusivamente ao que mais gosta: comandar seu programa de auditório, que ainda gera audiência relevante e disputa ponto a ponto a vice-liderança com a Record TV.

Uma dúvida recorrente pode afastar interessados na compra do SBT: o que será do canal sem Silvio Santos? Futuramente, conseguirá sobreviver bem sem seu fundador e principal artista? O canal que já teve o mais bonito slogan entre as redes – ‘A TV mais feliz do Brasil’ – vai precisar reinventar a própria identidade. Ciente disso, o lendário ‘homem do Baú’ sinaliza querer que isso aconteça enquanto ele ainda estiver por perto.

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