Repórter lamenta ser desligado da Record: “Um dos momentos mais difíceis da minha vida”
Situação de Yuri Macri ressalta a instabilidade enfrentada por jornalistas em grandes emissoras
Yuri Macri não faz mais parte do jornalismo da Record. O repórter não teve o contrato renovado. “Não é fácil dizer adeus. Não quando a gente queria ficar”, escreveu num post.
“Não sei o que vem agora.”
O jornalista veio para a capital paulista da afiliada em São José do Rio Preto (SP), onde trabalhou por quatro anos, a fim de cobrir uma licença. Conseguiu estender a permanência. Fez matérias e entradas ao vivo sobre casos importantes, como o assassinato de Vinicius Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos e a morte da jovem Vitória em Cajamar.
Em um vídeo de desabafo, Yuri expôs a incerteza em relação ao futuro. “Por mais que eu sabia que era um prazo determinado, a gente é humano, não estou super feliz”, afirmou.
“É um dos momentos mais difíceis da minha vida. Mais uma reorganização na carreira, uma mudança de rota. Estou tentando novas oportunidades.” E fez um apelo a seus seguidores: “Não me abandonem”.
A situação de Yuri Macri é cada vez mais comum no telejornalismo: praticamente não existe estabilidade. O profissional — por mais competente que seja — pode ser afetado pelos recorrentes cortes de despesas ou pela mudança na chefia do departamento.
Fazer jornalismo na TV custa caro e não dá lucro. Os canais estão sempre revisando as verbas para fechar as contas. Muitas vezes, os talentos humanos acabam sacrificados em nome do ajustamento financeiro.
Parece ser a realidade da Record. Nos últimos seis meses, a emissora demitiu nomes importantes dos telejornais, como Celso Freitas, Leandro Stoliar, Cleisla Garcia e André Azeredo. Ninguém está seguro.