Renata faz Bonner chorar e tirá-la do estúdio se mostra um acerto que merece ser repetido
Exalando carisma, apresentadora do ‘JN’ demonstra interesse genuíno pelas pessoas visitadas na semana de aniversário da Globo
Sofisticada na imagem e no trato, Renata Vasconcellos se adapta facilmente à simplicidade das residências visitadas no ‘Jornal Nacional’.
Pega na mão dos moradores, abraça, olha nos olhos, se interessa em descobrir quem são, o que pensam e fazem, os pequenos sonhos...
Na visita a uma família humilde de Manaus, interrompeu a conversa animada para festejar a chegada da chuva amazônica. Levantou os braços e sorriu, parecendo uma criança diante de um presente.
A matéria que a jornalista fez com os manauaras comoveu William Bonner, que a assistiu antes de o telejornal começar.
“Tão emocionante, tão tocante, tão delicado que comecei a chorar lá no cenário, aí eu saí para enxugar lágrimas”, contou em um Story. “Poucas vezes na vida me emocionei tanto com o que vi de espontaneidade, doçura e delicadeza numa reportagem.”
Renata é uma grande comunicadora. Sua posição na bancada do ‘JN’, presa à leitura de textos, a impede de exercitar o talento para as entrevistas, por exemplo. Deveria sair mais do estúdio para mostrar o Brasil que assiste ao telejornal.
A cobertura da morte do papa Francisco provavelmente tirou parte do tempo previsto para comemorar os 60 anos da Globo em seu principal noticioso. Manter as viagens da âncora foi um acerto.
Ela e o público merecem se encontrar mais vezes em salas com parede descascada, sofá coberto com manta, flores em vaso especialmente providenciadas para recebê-la. Afinal, uma visita ilustre. Quem não gostaria de ter uma prosa com ela assistindo à TV?
