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Única atriz ainda viva de 'E o Vento Levou' fará 104 anos

Última grande estrela da era de ouro de Hollywood escolheu viver com discrição em Paris

14 jun 2020 - 13h21
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Olivia de Havilland aos 87 anos, em participação na 75ª cerimônia do Oscar, em 2003
Olivia de Havilland aos 87 anos, em participação na 75ª cerimônia do Oscar, em 2003
Foto: YouTube / Reprodução

Em um prédio baixo na rua Bénouville, no elitista 16º arrondissement de Paris, vive Olivia de Havilland, única atriz ainda viva do elenco de 'E o Vento Levou'. O clássico do cinema foi lançado em 1939, quando ela tinha 23 anos. A veterana completará 104 no próximo dia 1º de julho.

Apesar de lúcida e sem grandes problemas de saúde, ela quase não sai às ruas da capital da França, onde se radicou na década de 1950, após se casar com o jornalista e escritor Pierre Galante (1909-1998).

Com tripla cidadania (britânica, americana e francesa), ela recebeu importantes honrarias, como a Ordem Nacional da Legião de Honra da França, a Medalha Nacional das Artes dos Estados Unidos e o título de Dama do Império Britânico concedido pela rainha Elizabeth.

Entre os muitos prêmios recebidos pela atriz ao longo de 85 anos de carreira estão dois Oscars. O primeiro, em 1947, por 'Só Resta uma Lágrima', e o segundo três anos depois, pela atuação em 'Tarde Demais'.

Olivia de Havilland como Melanie Hamilton em 'E o Vento Levou': atriz ainda é lembrada pela personagem 81 anos depois do lançamento do filme
Olivia de Havilland como Melanie Hamilton em 'E o Vento Levou': atriz ainda é lembrada pela personagem 81 anos depois do lançamento do filme
Foto: Divulgação

A interpretação da sofrida Melanie Hamilton, que morre na metade de 'E o Vento Levou', rendeu a Olivia uma indicação à estatueta dourada, porém, a vencedora naquele ano foi Hattie McDaniel, a Mammy de Scartlett O´Hara, primeira atriz negra a ganhar o prêmio mais cobiçado de Hollywood.

Sua grande rival no cinema foi a própria irmã, Joan Fontaine (1917-2013), com quem sempre manteve uma relação difícil. Em 1942, as duas foram indicadas juntas ao Oscar, e Joan ganhou por 'Suspeita', de Alfred Hitchcock.

Independentemente dos protestos dos ativistas que enxergam em 'E o Vento Levou' uma propaganda do racismo estrutural e histórico, Olivia de Havilland continua a ser uma referência de talento, elegância e carisma.

A atriz teve dois filhos. O matemático Benjamin Goodrich, que morreu aos 42 anos, em 1991, de Linfoma de Hodgkin, e Gisele Galante, de 63 anos, que se dedica a cuidar da mãe centenária e da administração do legado da última grande dama ainda viva da era de ouro de Hollywood.

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