Simpatia de Hugh Jackman serve de lição a atores brasileiros
Astro prova que fama e sucesso não sobem à cabeça de quem possui sólida formação
Ele já ganhou o Emmy (o Oscar da televisão americana), o Tony (o Oscar dos musicais da Broadway), o Globo de Ouro (segundo prêmio mais midiático do cinema americano), foi indicado ao Oscar pela performance em ‘Les Misérables’ e ganhou elogios como host da maior premiação de Hollywood em 2009.
Tornou-se famoso mundialmente, recebeu o rótulo de homem mais sexy do planeta em 2010 e possui uma fortuna estimada em cerca de 200 milhões de reais. O currículo do australiano Hugh Jackman, 48 anos, o coloca entre os artistas mais bem-sucedidos das telonas.
E ele ainda ostenta um título involuntário: é um dos atores mais carismáticos e acessíveis do universo cinematográfico. Prova disso foi o show de simpatia e bom humor visto em sua passagem por São Paulo.
Jackman teve um encontro com a imprensa local para promover Logan, último filme no qual interpreta o principal personagem de sua carreira, Wolverine.
Na coletiva, demonstrou interesse autêntico pelas perguntas formuladas pelos repórteres. Não recorreu a respostas monossilábicas e evasivas. Gostou de ser surpreendido com uma barra de rapadura presenteada por um jornalista.
Sorridente e solícito, o astro da franquia X-Men apresentou comportamento profissional e, ao mesmo tempo, agradável. Ela sabe que, apesar de ser um ídolo mundial, ainda precisa da imprensa para promover seu trabalho.
Muitos atores brasileiros deveriam se inspirar na postura de Jackman. Por aqui, há quem se coloque em um pedestal apenas por fazer uma novela na Globo ou um filme com altas pretensões artísticas.
Acreditam ter o direito de destratar jornalistas, menosprezar fãs e assumir um ar blasé tão falso quanto algumas atuações vistas na TV.
Hugh Jackman mostra que fama e sucesso não sobem à cabeça de quem possui formação sólida, respeito pelo público e diplomacia com a mídia.
Para ele, ser celebridade é uma consequência, e não um objetivo. Diferentemente de quem usa a carreira artística como escada para fugir do anonimato e se sentir minimamente especial.