Script = https://s1.trrsf.com/update-1765905308/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Ivana representa a libertação de um padrão social opressor

Personagem de ‘A Força do Querer’ se torna icônica ao romper com a ditadura do controle comportamental

30 ago 2017 - 12h44
Compartilhar
Exibir comentários

Estudioso das leis e dos poderes de Estado, o filósofo francês Montesquieu fez longa pesquisa a respeito da escravidão desde a época dos romanos.

Concluiu que o sistema escravocrata não se limitava ao comércio de pessoas. Agia também pela imposição de ideias e hábitos.

Agora destemida, Ivana (Carol Duarte) enfrenta a família para viver de acordo com seus sentimentos mais íntimos
Agora destemida, Ivana (Carol Duarte) enfrenta a família para viver de acordo com seus sentimentos mais íntimos
Foto: Raquel Cunha/TV Globo / Sala de TV

Ao se sentir obrigada a seguir um padrão predeterminado, a população – desde os ricos até os escravos considerados animais – virava refém da cúpula dominante.

É justamente o rompimento de um estereótipo social que resultou na catarse de Ivana (Carol Duarte, em atuação sublime) no já antológico capítulo de terça-feira (29) de ‘A Força do Querer’, de Gloria Perez.

A personagem se liberta de um modelo obrigatório de comportamento ao revelar à família que, apesar do corpo feminino, vê-se como homem. Sua transexualidade enfim brota à flor da pele.

Atônitos, os parentes de Ivana não compreendem aquilo que os olhos não são capazes de enxergar. Estão condicionados apenas ao que é visivelmente explícito e socialmente aceito – e, portanto, considerado ‘normal’.

Quase em surto, ela perde o pudor remanescente: corta os longos cabelos cacheados e, para horror de sua família tão tradicional quanto disfuncional, a ‘princesinha’ anuncia a decisão de se submeter a uma cirurgia para a retirada dos seios.

Ivana age como uma escrava que se alforria por conta própria, disposta a pagar o alto preço de ser quem é.

‘A Força do Querer’ faz jus ao título: quando a natureza represada ganha impulso e rompe a frágil barreira das aparências, a verdade individual se sobrepõe com fúria às regras da coletividade.

Entre a indignação e a revolta, o pai, Eugênio (Dan Stulbach), a mãe, Joyce (Maria Fernanda Cândido), e o irmão, Ruy (Fiuk), simbolizam o Estado sendo desafiado, a tradição ferida, a quebra de paradigma.

É apenas uma novela, mas é também uma representação pulsante da vida real.

Paolla Oliveira exibe barriga seca em vídeo de treino: 'Reforço vai ser bom':
Sala de TV Blog Sala de TV -  Todo o conteúdo (textos, ilustrações, áudios, fotos, gráficos, arquivos etc.) deste blog e a obtenção de todas as autorizações e licenças necessárias são de total responsabilidade do colunista que o assina. As opiniões do colunista não representam a visão do Terra. Qualquer dúvida ou reclamação, favor contatá-lo diretamente no e-mail beniciojeff@gmail.com.
Compartilhar
Publicidade

Conheça nossos produtos

Seu Terra












Publicidade