'365 Dias: Hoje' não tem história, mas vai tirar seu fôlego
A sequência chegou ocupando o primeiro lugar de mais assistidos e repete o sucesso do primeiro.
365 Dias se tornou um dos filmes mais assistidos da Netflix quando estreou. Chegando no steaming em 2020, auge da pandemia, o filme se tornou um verdadeiro guilty pleasure: Mesmo quem criticava, acabava assistindo.
Apesar de ser ruim, é impossível ignorar que o longa se tornou um assunto nas redes sociais e a mesma coisa se repete em 2022. Aproveitando que o primeiro deu certo, a Netflix resolveu investir na continuação, 365 Dias: Hoje, que é ainda mais pobre em termos de roteiro e história, mas capricha naquilo que o público espera do filme: Muita cenas de sexo e um elenco lindo.
A verdade é que todo mundo sabe que a adaptação dos livros de Blanka Lipinska não se preocupa em trabalhar arcos dramáticos, diálogos e camadas de personagens. Diante disso, nada mais justo do que investir nos pontos fortes da trama, que são as cenas quentes. Por falar em cenas quentes, não há como negar que houve uma preocupação a mais no segundo filme. Com mais elegância, mais trabalho de corpo entre os atores e uma fotografia mais bonita, é nítido que há um esforço para lapidar o supra-sumo do filme..
365 Dias: Hoje começa da forma que o último terminou. Descobrimos que Laura está viva e preste a se tornar esposa de Massimo. Há uma tentativa frustrada de, mais uma vez, colocar um triângulo amoroso na história, mas tudo em vão, já que não há nenhuma preocupação em justificar as atitudes de cada personagem. Isso é ruim? Não, melhor um filme que aceita o que é e trabalha em cima disso, do que produções presunçosas, que não aceitam que são ruins.
Sem história, mas com cenas de tirar o fôlego, o fenômeno 365 Dias é grande, tanto que se tornou o filme mais assistido da Netflix em 48 horas e ainda emplacou o primeiro filme em terceiro lugar do Top 10.
Paulista, formada em jornalismo e cinema, sempre foi apaixonada por filmes e séries. Aos poucos, começou a escrever suas primeiras críticas e percebeu que poderia transformar o universo da Cultura Pop em sua profissão.
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