Saiba tudo sobre o potencial do tório para energia limpa e segura
Tório: descubra se ele pode substituir o urânio, conheça suas vantagens e saiba onde estão as maiores reservas, como Índia e Austrália
O tório é um elemento químico que desperta o interesse de especialistas devido ao seu potencial como fonte de energia nuclear. Tanto pesquisadores quanto investidores observam as reservas deste mineral com atenção, já que ele aparece em diversos depósitos espalhados pelos continentes. O cenário energético mundial em 2025 destaca a busca por fontes de energia mais seguras e abundantes, o que coloca o tório em evidência.
No contexto global, apresenta algumas vantagens em relação ao urânio, tradicionalmente utilizado como combustível em usinas nucleares. Países com grandes reservas desse mineral consideram alternativas para diversificar sua matriz energética e reduzir a dependência do urânio. As maiores jazidas de tório estão distribuídas em regiões estratégicas, o que influencia debates sobre geopolítica e sustentabilidade.
Quais países concentram as maiores reservas de tório?
Pesquisas apontam a Índia como o país que possui os maiores depósitos conhecidos de tório no planeta. Os dados mais recentes indicam que o território indiano abriga mais de um quarto das reservas mundiais. Outros países com quantidades expressivas do mineral são Austrália, Estados Unidos e Brasil. Nessas regiões, o tório ocorre principalmente em areias monazíticas, minerais frequentemente encontrados em praias e leitos de rios costeiros.
Além das reservas comprovadas, algumas nações desenvolvem pesquisas para identificar novos depósitos. A Austrália, por exemplo, intensificou os estudos geológicos nas últimas décadas para dimensionar seu potencial exploratório. O Brasil, por sua vez, detém recursos consideráveis, principalmente no estado de Minas Gerais, ampliando seu protagonismo nesse segmento estratégico.
- Índia: Detém cerca de 25% das reservas globais identificadas.
- Austrália: Considerada uma das líderes em pesquisa sobre o mineral.
- Estados Unidos: Possuem áreas ricas em minerais que contêm tório.
- Brasil: Regiões como Minas Gerais concentram grandes reservas.
Ele pode substituir o urânio como combustível nuclear?
Especialistas avaliam constantemente a possibilidade de utilizar ele como alternativa ao urânio nos reatores nucleares. Diferente do urânio, o tório não pode alimentar diretamente um reator. Para se tornar combustível, precisa ser transformado em urânio-233 por meio de um processo de irradiação. A principal vantagem está na quantidade: o tório está presente na crosta terrestre em abundância quatro vezes maior que o urânio.
Outra diferença está na segurança. O ciclo gera menos resíduos radioativos e reduz o risco de proliferação de armas nucleares, já que o subproduto urânio-233 contém impurezas que dificultam seu uso militar. Países como a Índia investem em tecnologia para reatores de tório, buscando superar os desafios técnicos e regulatórios. No entanto, a troca completa do urânio pelo tório ainda enfrenta obstáculos, entre eles a necessidade de inovações em engenharia e o desenvolvimento de métodos eficientes para o uso comercial.
- A produção de combustível a partir do tório exige reatores projetados especificamente.
- Empresas e governos analisam custos e benefícios antes de adotar o novo ciclo.
- O uso do tório pode ampliar a independência energética de países com grandes reservas.
O que impede a sua adoção como fonte de energia?
Apesar das vantagens, vários fatores limitam a adoção em larga escala do tório como fonte de energia nuclear. Atualmente, a indústria já conta com infraestrutura consolidada para o uso do urânio, incluindo usinas, cadeia de suprimentos e profissionais capacitados. Mudar esse cenário demanda investimentos robustos e tempo para adaptar ou construir reatores voltados ao mineral.
Além do aspecto econômico, regulamentações internacionais sobre segurança nuclear ainda não atendem plenamente as exigências de reatores de tório. O desenvolvimento de novas tecnologias, aliado ao fortalecimento de acordos multilaterais, pode acelerar essa transição nas próximas décadas. Enquanto isso, centros de pesquisa em diferentes continentes buscam soluções para aproveitar o potencial abundante do tório e torná-lo um ator importante no futuro energético mundial.