Os homens que roubavam livros: gangue que deu prejuízo milionário é presa na Europa
De acordo com a Europol, grupo georgiano seria responsável pelo roubo de pelo menos 170 livros raros, causando danos financeiros de cerca de 2,5 milhões de euros
Foram presos nove georgianos suspeitos de roubar livros raros de bibliotecas nacionais e históricas em diferentes países da Europa, em 2022 e 2023. De acordo com a Europol, a agência policial da União Europeia, o grupo seria responsável pelo roubo de pelo menos 170 livros, causando prejuízos financeiros de cerca de 2,5 milhões de euros e "uma perda patrimonial imensurável para a sociedade".
São obras antigas, altamente valiosas, como um manuscrito original de Alexander Pushkin, primeiras edições de trabalhos de Nikolai Gogol, e outros títulos da literatura russa do século 19. A gangue desenvolveu uma operação sofisticada, substituindo os livros por cópias falsificadas. Por vezes, os suspeitos fingiam ser acadêmicos para conseguir acesso aos livros. A partir disso, tiravam todas as medidas e fotos necessárias para fabricar uma cópia de "excelente qualidade", retornando dias, semanas ou meses depois para fazer a troca.
As buscas também aconteceram na Polônia e na Suíça, e há ainda denúncias de roubos em países como Alemanha, República Checa, Finlândia e Letônia. Já foram apreendidos mais de 150 livros, cuja procedência está em avaliação. Alguns dos itens são irrecuperáveis, pois já foram vendidos em leilões em São Petersburgo e Moscou.