Virada Cultural 2025, mais segura e com falhas, tentou voltar às origens, mas nem sempre conseguiu
Evento apostou em nomes populares como Luísa Sonza, Liniker e Belo, mas seguiu distante da proposta inicial de 24 horas de cultura
A 20ª edição da Virada Cultural de São Paulo se encerrou neste domingo, 25, após 24h de programação ao redor da capital paulista. O evento, que se tornou uma tradição da cidade ao longo das últimas duas décadas, ainda mobiliza a população, mas vem se transformando a cada ano que se passa — e nem sempre para melhor.
Desde 2022, quando cenas de violência e de arrastões tomaram conta da 17ª edição do evento, a prefeitura de São Paulo repensou o evento na tentativa de tornar a experiência mais segura. Deu certo. Cenas antes impensáveis no cotidiano paulistano, como andar pelo Centro Histórico de São Paulo ao longo da noite com o celular na mão, foram frequentes ao longo deste fim de semana.
Entre as boas surpresas, nada supera a Aparelhagem Crocodilo presente no Vale do Anhangabaú. Os intervalos dos principais shows do palco eram agraciados com o ritmo da música e dos remixes paraense do Tudão Crocodilo — um crocodilo metálico de 9 metros de comprimento e 3 metros de altura que toca os maiores hits e remixes do Pará.
Sucesso absoluto do estado nortista, é a primeira vez que a aparelhagem se apresentou em São Paulo. Para chegar na capital, uma carreta de 22 metros atravessou o País com o animal metálico para se apresentar na Virada Cultural. Nomes como Gaby Amarantos, Viviane Batidão, Jaloo e Gang do Eletro fizeram participações especiais ao lado da aparelhagem paraense, por vezes roubando o protagonismo dos shows principais.