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"Perdi um irmão", lamenta Nana Caymmi sobre Emílio Santiago

20 mar 2013 - 15h53
(atualizado às 15h55)
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<p>Nana Caymmi (segunda à direita) e Emílio Santigo tinham uma amizade muito próxima</p>
Nana Caymmi (segunda à direita) e Emílio Santigo tinham uma amizade muito próxima
Foto: Roberto Filho/AgNews

Presente no velório do amigo Emílio Santiago, que acontece nesta quarta-feira (20), na Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, a cantora Nana Caymmi lamentou a morte do músico e relembrou a despedida do pai, Dorival Caymmi, que ocorreu no mesmo local, em 2008. “A última vez que tive aqui, tinha perdido meu pai. Agora, perdi um irmão”, disse ela, que foi madrinha de formatura de Emílio. “Para mim, ele era um irmão. Estou perdendo um irmão”, continuou.

Nana ainda comentou sobre a fragilidade na saúde do cantor desde que ele sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico em 7 de março: "estava rezando desde o dia 7 para que isso não se estendesse, porque o dano foi muito grande”.

Amiga de longa data de Emílio, Nana contou que ele não perdia nenhum show dela, e vice-versa. “Para mim, (Emílio) é a voz mais importante do país. Depois do Jamelão, é a de Emilio Santiago. O Brasil sabe. Era o nosso intérprete mais importante", elogiou.

Emílio Santiago morreu na manhã desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, devido a um AVC (Acidente Vascular Cerebral). O enterro será na quinta-feira (21), no Memorial do Carmo, às 11h.

De advogado a cantor de MPB

Emílio Santiago nasceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de dezembro de 1946. Apesar de ser formado pela Faculdade Nacional de Direito, a música sempre falou mais alto em sua vida. No ínicio, foi influenciado por cantores como Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto e Anísio Silva. Depois, deixou-se levar pela bossa nova e a voz e violão do ícone João Gilberto.

Ainda na faculdade, começou a cantar em festivais e participou do programa de calouros A Grande Chance, apresentado por Flávio Cavalcanti, que o levou a gravar o primeiro compacto: Transas de Amor. Em 1975, gravou seu primeiro disco, intitulado Emílio Santiago, que o levou a ser conhecido nacionalmente. Em 1982, venceu o festival MPB Shell, da TV Globo, cantando Pelo Amor de Deus.

Chegou a cantar em diversos bares e casas noturnas no Rio de Janeiro e em São Paulo e, em 1985, foi escolhido como melhor intérprete no Festival dos Festivais, da TV Globo. Três anos depois, recebeu o convite de Roberto Menescal e Heleno Oliveira para fazer o primeiro disco da série Aquarela Brasileira, releitura de músicas clássicas da cultura brasileira. O projeto de sete discos foi um sucesso imediato e a série ultrapassou a marca de quatro milhões de cópias vendidas.

Apresentou-se na Europa e nos Estados Unidos e chegou a ser comparado a Johnny Mathis pelo crítico Stephen Holden, do New York Times, que o viu certa vez en um show no Ballroom, em Nova York. Em 2000, assinou com a Sony Music e gravou Bossa Nova, uma grande regravação de clássicos do gênero.

No ano seguinte, gravou Um sorriso nos lábios, tributo a Gonzaguinha e João Donato. O último disco de Emílio Santiago foi Só Danço Samba (Ao Vivo), lançado em 2012, o primeiro pelo selo de sua propriedade, a Santiago Music. Ao longo de sua carreira, Emílio Santiago lançou mais de 25 álbuns e quatro DVDs. Em 2013, ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Samba/Pagode, por seu último trabalho.

Fonte: Terra
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