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Morre aos 88 anos o artista plástico Nelson Leirner

Ele foi vítima de um infarto; seus pais ajudaram a fundar o Museu de Arte Moderna de São Paulo

8 mar 2020 - 14h52
(atualizado às 16h54)
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RIO - O artista plástico Nelson Leirner, de 88 anos, morreu na noite de sábado, 7, em sua casa no Rio de Janeiro, vítima de um infarto. Paulistano, ele morava na capital fluminense desde 1997.

Pintor, desenhista, cenógrafo e professor, Leirner nasceu em 1932 e era filho da escultora Felícia Leirner e do empresário Isaí Leirner, que ajudaram a fundar o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o MAM.

O artista plástico Nelson Leirner morreu na noite de sábado aos 88 anos
O artista plástico Nelson Leirner morreu na noite de sábado aos 88 anos
Foto: NILTON FUKUDA / ESTADÃO CONTEÚDO

Leirner viveu de 1947 a 1952 no Estados Unidos, onde estudou engenharia têxtil, mas não concluiu o curso. Entre 1956 e 1958 estudou artes plásticas, e fez sua primeira exposição individual em 1961, em São Paulo.

Em 1966, Leirner fundou o Grupo Rex, ao lado de Wesley Duke Lee, Carlos Fajardo, Geraldo de Barros, Frederico Nesser e José Resende. Em 1967 foi premiado na 20ª Bienal de Tóquio, com um trabalho em que ironiza o sistema de arte.

No Brasil, Leirner se recusou a participar das Bienais de 1969 e 1971, durante o regime militar. Em 1974, criticou o período através da série A Rebelião dos Animais.

Em 1998, uma série de trabalhos de Leirner com intervenções em fotografias de crianças de autoria da fotógrafa neozelandesa Anne Geddes foi censurada pela Justiça do Rio de Janeiro. Apresentados durante o 16º Salão Nacional de Artes Plásticas, no Museu de Arte Moderna do Rio, os trabalhos foram apreendidos a pedido da 1ª Vara da Infância e da Juventude, que se baseou no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê pena para quem "fotografar ou publicar cenas de sexo explícito ou pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes". A decisão judicial causou uma mobilização de artistas contra a censura.

Estadão
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