Miley Cyrus está preocupada com Sabrina Carpenter e o motivo é convincente

Sabrina Carpenter vive o melhor momento de sua carreira. Seu sexto e mais recente álbum de estúdio, Short n' Sweet (2024), é o mais vendido de sua carreira. Os três primeiros singles desse disco — "Espresso", "Please Please Please" e "Taste" — ocuparam o top 3 das paradas americanas. Após abrir vários shows de Taylor Swift, a artista realizou sua primeira série de apresentações em grandes arenas. Ainda concorreu a seis prêmios na última edição do Grammy, vencendo dois: Melhor Álbum Pop Vocal e Melhor Performance Pop Solo e Gravação do Ano (por "Espresso").

Ainda assim, a situação da americana de 26 anos inspira preocupação em Miley Cyrus. Ambas tiveram trajetória artística similar: surgiram como estrelas de produções da Disney Channel, começaram carreira musical com um pop "adolescente" e, no início da fase adulta, não só exploraram a sensualidade em seus trabalhos, como também aderiram a uma agenda intensa de shows e outros compromissos.

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Embora seja apenas um pouco mais velha que Sabrina, Miley, hoje aos 32, tem vasta experiência quando se fala de showbusiness. Por isso, admite: está preocupada com a artista mais jovem. O motivo? A já mencionada agenda lotada, com direito a cerca de 80 shows em 2023 e 60 no ano passado — em média, uma ou duas apresentações por semana, junto a viagens e demandas midiáticas.

Em entrevista ao New York Times, Cyrus garantiu que consegue perceber quando alguém está "trabalhando demais" — e, em sua opinião, é o caso de Carpenter. As duas já se encontraram por aí, mas nunca houve a oportunidade de Miley manifestar apreensão com a colega.

"Toda vez que a vejo, sinto vontade de perguntar se ela está bem."

Uma situação específica chamou atenção da ex-intérprete de Hannah Montana. Ela contou ter assistido a uma apresentação de Carpenter na Irlanda e se surpreendido ao descobrir que, no dia seguinte, ela faria show nos Estados Unidos, mais especificamente no Kansas. Ao New York Times, refletiu:

"Não sei como isso pode ser fisicamente aceitável. Eu sei como é se esgotar e não quero que ninguém passe por isso."

A preocupação se dá apenas pelo ritmo de atividades de Carpenter, pois Cyrus garante ser fã da artista e de outras "novatas", como a própria descreveu.

"Acho que todas elas são únicas e muito encontradas. É isso que eu gosto de ver."

Miley Cyrus não faz mais turnês

O desgaste anterior é uma das razões pelas quais Miley Cyrus não realiza mais turnês. Seu último show completo aconteceu em 2022, ano em que decidiu participar de alguns festivais isolados — como a edição brasileira do Lollapalooza.

Desde então, ela lançou dois álbuns — Endless Summer Vacation (2023) e Something Beautiful (2025) — e se envolveu em outras iniciativas, como regravar uma música do Talking Heads ("Psycho Killer") para um tributo e colaborar com Beyoncé em "II Most Wanted", faixa de Cowboy Carter (2024). E nada de turnê.

A excursão mais longa, diga-se, aconteceu há mais de uma década. A Bangerz Tour, realizada ao longo de 2014, contou com 78 apresentações em um período de oito meses. Outros shows aconteceram após isso — a exemplo da mencionada visita ao Brasil —, mas de modo pontual, nunca sob uma agenda tradicional de grande artista.

Em entrevista a Zane Lowe (via Consequence), Cyrus revelou que tudo deve continuar desta forma. Não há planos para realizar turnês. E seus três motivos são: proteger suas cordas vocais, manter-se longe dos vícios e priorizar a saúde financeira de sua carreira. Inicialmente, ela explica:

"A fisicalidade do que faço, o atletismo, as substâncias químicas produzidas no seu corpo quando você está nesse nível causam muito estresse. Trabalhando de dentro para fora, tenho certos protocolos que me mantêm sóbria. Isso é superimportante para mim. Então, parte disso é me manter mental, física, espiritual e emocionalmente bem — e quero enfatizar o 'fisicamente' por causa do quão desgastante é uma apresentação física ao vivo."

A preocupação com seu instrumento de trabalho, a voz, ocorre devido a um diagnóstico de edema de Reinke, um inchaço provocado pela presença de líquido no chamado espaço de Reinke, localizado na laringe. Como resultado, as pregas vocais adquirem uma característica gelatinosa. Esta condição, inclusive, foi a responsável por fazer Miley cantar mais grave — e, em suas palavras, foi originada por "abuso das cordas vocais" e "ficar acordada, bebendo, fumando e festejando depois de cada show".

"Minha voz sempre soou assim. Faz parte da minha anatomia única. [Um grande pólipo nas cordas vocais] me deu muito do timbre e da textura que me fizeram ser quem eu sou, mas é extremamente difícil de se fazer show, porque é como correr uma maratona com pesos nos tornozelos. Mesmo quando estou falando, às vezes, no final do dia, ligo para minha mãe e ela diz: 'ah, você parece estar falando por um rádio'. É assim que você sabe que estou realmente cansada, porque isso cria aquele som definitivo de 'fritura' vocal."

De modo mais breve, o último dos três motivos — desafios financeiros — foi abordado por Miley Cyrus como uma espécie de consequência. Se a artista não pode realizar tantos shows em série, fica bastante caro fazer turnê.

"A turnê não é gratuita. Então, se eu não puder fazer uma certa quantidade de shows, matematicamente não faz sentido promover isso da maneira que preciso."

A americana garante que outros colegas de profissão sofrem do mesmo problema. Segundo ela, "muitos artistas não fazem turnês tanto quanto gostariam ou costumavam fazer".

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