Luto! Morre Bira Presidente, sambista do 'Fundo de Quintal', aos 88 anos
Bira Presidente, sambista do 'Fundo de Quintal', lutava contra um câncer de próstata e Alzheimer; saiba mais
O samba está em luto neste final de semana. Morreu neste sábado, 14, o fundador do Fundo de Quintal e Cacique de Ramos, Bira Presidente, aos 88 anos. O sambista estava lutando contra um câncer de próstata agressivo e contra o Mal de Alzheimer. O falecimento foi comunicado pela assessoria de imprensa do artista.
O que aconteceu?
Em suas redes sociais, a equipe de Bira explicou que ele estava internado no Hospital da Unimed Ferj, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Lutando contra as duas condições delicadas, ele faleceu deixando duas filhas, dois netos e uma bisneta. Ainda não se sabe quando será o velório e o sepultamento do sambista.
"Fundador do Cacique de Ramos e um dos criadores do grupo Fundo de Quintal, Bira construiu uma trajetória marcada pela firmeza, pela ética e pela contribuição inestimável ao samba e à cultura popular brasileira", diz parte da nota. "Sua atuação no Cacique de Ramos moldou o bloco e o samba, o Doce Refúgio se tornou um espaço de referência cultural. No Fundo de Quintal, foi o ponto de partida de uma linguagem que redefiniu a roda de samba e inspirou gerações".
Quem foi Bira Presidente?
Ubirajara Félix do Nascimento nasceu no Rio de Janeiro no dia 23 de março de 1937. Ele ganhou reconhecimento nacional ao fundar o grupo Fundo de Quintal em 1970 e um dos blocos de carnaval e centro cultural mais famosos da cidade maravilhosa, o Cacique de Ramos. Multitalentoso, ele era percussionista, cantor e compositor. Sua trajetória foi marcada por transformar rodas de samba da periferia carioca em um enorme movimento que revolucionou o samba da cidade. Nascido e criado na zona Norte da cidade, Bira descobriu sua paixão pelo samba ao frequentar rodas com figuras memoráveis como Pixinguinha, João da Baiana e Donga.
No Fundo de Quintal, Bira foi responsável por grandes sucessos como "O Show Tem Que Continuar", "A Amizade", "Do Fundo do Nosso Quintal" e "Lucidez". Seu trabalho foi tão reconhecido nacionalmente que ele chegou a tocar bandeiro nas gravações das músicas do álbum De Pé No Chão de Beth Carvalho.
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