Ilze Scamparini expõe medo de papa Francisco envolvendo Donald Trump antes da morte
Correspondente da Globo na Itália, repórter Ilze Scamparini detalha medo de papa Francisco envolvendo o presidente dos Estados Unidos
Falecido aos 88 anos nesta segunda-feira (21), papa Francisco já pensava em como seria o Conclave após sua morte. Em meio a uma onda de conservadorismo ao redor do mundo, ele temia a influência de Donald Trump para eleger o novo sucessor do trono de São Pedro.
Correspondente da Globo na Itália, a repórter Ilze Scamparini deu detalhes, durante a cobertura da GloboNews sobre a morte, do que pensava o líder religioso: "O papa temeu a influência que Donald Trump poderia exercer ou poderá exercer no próximo Conclave. Trump chegou a falar que o próximo papa não deveria causar divisões, referindo-se a Francisco", iniciou.
"Certamente o papa Francisco se preocupava com o seu sucessor, ele não queria que fosse alguém que levasse a igreja para trás, que cancelasse as suas reformas, feitas com tanto sacrifício, sob tanta pressão, até sob acusações de heresia", explica a profissional.
Ilze também listou os nomes mais cotados para o Conclave: "Então, olhando desse ponto de vista, eu acho um bom candidato para continuar o governo de Francisco, um cardeal diplomata também, que é uma qualidade importante em tempos de guerra, seria o arcebispo de Bolonha, Matteo Zuppi. Ele poderia se tornar um Francisco II, e é também um prelado jovem, 69 anos, fato que pode pesar no Conclave, porque depois de acompanhar a doença de Francisco, com longa internação, talvez a igreja queira afastar essa imagem da doença".
"Mas o quadro é nebuloso, porque estamos em ano de Jubileu, é preciso fazer um papa, talvez, mais rapidamente. Os fiéis e turistas não querem vir à Roma sem ver o sumo pontífice. Tanto que ontem, quando se circulou a notícia de que ele poderia estar na praça [Praça de São Pedro], a praça recebeu muito mais gente", reflete a contratada da Globo.
"As finanças Vaticanas não estão muito bem. Essa pressa poderia levar para um candidato moderado como o próprio Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin. Ele poderia ser uma escolha imediata e, quem sabe, poderia agradar à maioria. Ele também é considerado um ótimo diplomata", analisa Scamparini, que também citou nomes conservadores que concorrem ao posto de papa: "Se a igreja quiser um perfil conservador, existem vários nomes. Um deles, muito prestigiado, é o húngaro Péter Erdő. Falam também de um africano, o Cardeal Ambongo, que é congolês", finaliza a jornalista.
Direto de um telhado, Ilze Scamparini conta que Papa Francisco temia a influência de Donald Trump no próximo Conclave.
Francisco não queria que seu sucessor fosse um conservador que fizesse a Igreja retroceder e cancelasse as reformas feitas por ele. pic.twitter.com/SlyP3mUipq
— BCharts (@bchartsnet) April 21, 2025