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Humorista é condenado por fazer piada capacitista com participante de reality

O humorista Marcelo Duque foi condenado após fazer piada capacitista com participante do reality

16 out 2025 - 09h27
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O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou que o humorista Marcelo Duque pague uma indenização de R$ 10 mil à ex-participante do reality "Casamento às Cegas", Ana Bianca Sessa, por um comentário considerado capacitista feito em um vídeo. A decisão também impede o comediante de voltar a mencionar a deficiência física da mulher, sob pena de multa de R$ 5 mil.

Humorista é condenado por fazer piada capacitista com participante de reality / Reprodução: Instagram
Humorista é condenado por fazer piada capacitista com participante de reality / Reprodução: Instagram
Foto: Contigo

A ação teve origem após Duque publicar uma piada envolvendo o fato de Bianca não ter a mão esquerda, o que gerou grande repercussão nas redes sociais. O vídeo, que somava mais de 500 mil visualizações, levou a influenciadora a ser alvo de comentários preconceituosos. A relatora do caso, Maria do Carmo Honório, afirmou que "a sátira feita pelo réu toca em incontroverso preconceito estrutural" e reforçou que a ausência de uma das mãos não inviabiliza o casamento, tornando o conteúdo ofensivo e discriminatório.

Decisão e reações

A indenização foi reduzida para R$ 10 mil, já que, segundo o tribunal, o valor inicial de R$ 30 mil seria excessivo, pois o humorista não mencionou diretamente o nome de Bianca. Ainda assim, a Justiça manteve o reconhecimento do caráter capacitista da fala. A participante celebrou a decisão, afirmando que, mesmo com valor simbólico, representa uma vitória importante contra o preconceito. Ela contou que se sentiu profundamente abalada com a situação, dizendo que "era uma pessoa falando e uma plateia rindo, e isso me fez sentir muito humilhada".

Duque, por sua vez, declarou que pretende analisar a decisão antes de recorrer novamente. Ele justificou que seu trabalho é voltado para o humor cotidiano e afirmou não ter tido a intenção de ofender. "Os comediantes recorrem para tentar provar que estamos só fazendo o nosso trabalho. É difícil explicar que piada é piada, que não há algo pessoal", afirmou o humorista. A advogada de Bianca, Anna Luiza dos Anjos Araújo Andrade, destacou que o caso representa um precedente importante no combate ao capacitismo e reforça o papel da Justiça em reconhecer esse tipo de preconceito.

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