Ex-BBB se desculpa após fala polêmica do sogro sobre o Nordeste; entenda o caso
Matteus Amaral diz que não houve intenção de ofensa em vídeo com o sogro e reacende debate sobre episódio anterior com cotas raciais
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Matteus Amaral pediu desculpas após polêmica causada por comentário de seu sogro sobre o Nordeste, destacando ausência de intenção ofensiva, mas o episódio reacendeu críticas relacionadas à sua conduta pública anterior.
O ex-BBB Matteus Amaral se tornou alvo de críticas nas redes sociais após a divulgação de um vídeo no qual seu sogro, durante uma confraternização em família, se refere ao abacaxi como “a picanha dos nordestinos”. Diante da repercussão negativa, o vice-campeão do BBB 24 usou as redes sociais para pedir desculpas.
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“Peço desculpas a todos os nordestinos. Tenho vários amigos nordestinos e respeito todas as pessoas”, disse Matteus. Ele também publicou um vídeo ao lado do sogro explicando o contexto da gravação: “Infelizmente houve um equívoco. A gente estava conversando ali e aí meu sogro falou que ‘abacaxi era a picanha do Nordeste’, mas nunca querendo ferir as pessoas do Nordeste. Longe disso. A gente tem admiração e respeito.”
No mesmo vídeo, o sogro tenta justificar: “Eu sou uma pessoa que, quando sai de férias, sempre [vai para o] Nordeste. E eu adoro abacaxi no espeto assim. Falei aquilo brincando, ué. Não leve pro mau caminho. Estou pedindo desculpas. Pelo contrário, gosto muito do pessoal do Nordeste.”
Apesar das declarações, a resposta foi mal recebida por muitos internautas, que consideraram a fala um exemplo de “xenofobia recreativa” — quando estereótipos regionais são usados como piada. O episódio fez o nome de Matteus voltar aos assuntos mais comentados nas redes e reacendeu críticas sobre sua conduta pública, inclusive em relação a outro episódio polêmico.
Matteus ingressou no curso de Engenharia Agrícola no Instituto Federal Farroupilha (IFFAR), em 2014, utilizando a política de cotas raciais ao se autodeclarar preto. Na época, a única exigência legal para acesso a esse tipo de vaga era a autodeclaração — não havia comissões de heteroidentificação. Fenotipicamente branco, o ex-BBB foi acusado por internautas de ter se beneficiado indevidamente da política pública.
Após a repercussão, Matteus se pronunciou por meio das redes sociais, afirmando que não tinha conhecimento do uso da cota racial e que a inscrição foi feita por “um terceiro", que cometeu um erro ao selecionar a modalidade de cota racial sem meu consentimento ou conhecimento prévio”. Ele reconheceu a importância das políticas de cotas e disse lamentar qualquer impressão de tentativa de fraude.
“Reafirmo meu arrependimento por quaisquer transtornos causados e meu compromisso contínuo em ser um defensor ativo da igualdade racial e social”, escreveu na ocasião.
Com a nova polêmica envolvendo seu sogro, muitos internautas voltaram a questionar a postura pública de Matteus, especialmente após seu discurso conciliador e pacífico durante o BBB 24, que foi reforçado por Tadeu Schmidt em sua eliminação: “O cérebro do Matteus é incapaz de fazer uma maldade”.
“O cérebro do Matteus é incapaz de fazer uma maldade, incapaz de fazer grosseria. Essa combinação da genética com a criação que ele recebeu produziu um rapaz que é a imagem da pureza, gentileza, educação, humildade.” (Tadeu Schmidt - BBB24). https://t.co/sxUTiOyPwa
— Papi (@xbzpapi) June 22, 2025
Além disso, usuários lembraram que Matteus foi muito apoiado por nordestinos ao longo do reality, especialmente pela sua relação com Isabelle Nogueira, finalista da edição e representante do Amazonas. Comentários como “livramento” e “era melhor ter ficado calado” dominaram as redes nos últimos dias.
O Matteus Amaral e o seu pai tirando sarro do Nordeste dizendo que o abacaxi “é a picanha do nordeste”.
É Isabelle, foi livramento hein. pic.twitter.com/eMDhonNvHc
— FOFOQUEI (@FOFOQUEl) June 22, 2025
Até o momento, Matteus não publicou novo posicionamento sobre o caso do sogro. O vídeo segue circulando, gerando críticas e reflexões sobre o papel de influenciadores na reprodução de discursos estereotipados e na responsabilização por falas preconceituosas, mesmo quando ditas por terceiros.
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