Digão, dos Raimundos, debocha da morte de Juliana Marins
Músico compartilhou postagem ofensiva contra Juliana Marins, jovem brasileira que morreu em trilha na Indonésia
A morte trágica de Juliana Marins, brasileira de 26 anos que caiu em uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, se transformou em alvo de um comentário polêmico vindo de Digão, vocalista da banda Raimundos. O músico causou revolta nas redes sociais ao compartilhar uma imagem da mochila usada por Juliana, que exibia um adesivo com os dizeres "Ele Não" — símbolo do movimento contrário ao ex-presidente Jair Bolsonaro — e aproveitou o momento para ironizar a vítima.
"Quando o mundo dá a volta, não adianta chorar e fingir surpresa… #ELESIM mandou o f*da-se pra vocês", escreveu Digão, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A publicação, vista por muitos como desrespeitosa e desumana, viralizou e rapidamente se tornou um dos assuntos mais comentados da internet.
O posicionamento do artista foi recebido com fortes críticas. "O Digão dos Raimundos é um ser deplorável", escreveu um usuário no X (antigo Twitter). Outro internauta disparou: "Atacar uma vítima de um acidente fatal é de uma crueldade sem tamanho. Um lixo humano". A comoção pública levou muitos a exigirem providências legais contra o cantor, com usuários clamando por um processo judicial por desrespeito à memória da jovem e à dor da família.
Juliana, natural do Rio de Janeiro, estava viajando pela Ásia em um mochilão dos sonhos. Durante a trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, ela escorregou e despencou por uma encosta. O acidente aconteceu no dia 20 de junho. Após o sumiço, as buscas duraram dias, enquanto a família e amigos mantinham esperanças por um milagre. Um drone com sensor térmico localizou Juliana apenas na segunda-feira (23). Ela estava imóvel, a cerca de 500 metros de onde caiu. Na terça (24), o óbito foi confirmado, e o corpo foi resgatado somente no dia seguinte.
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