Demissão de jornalista fiel ao bolsonarismo causa fissura na direita
Saída de Silvio Navarro da revista ‘Oeste’ faz conservadores trocarem ataques na internet
Nos últimos dias, canais de YouTube e perfis de redes sociais dedicados à direita debateram a demissão de Silvio Navarro da revista Oeste, uma das maiores multiplataformas conservadoras do país.
Segundo relatos compartilhados, o jornalista foi dispensado por uma mensagem no WhatsApp às 7h da manhã de 9 de dezembro.
Ele atuou por cinco anos na empresa, em programas de grande audiência como ‘Oeste Sem Filtro’ e ‘Arena Oeste’.
O desligamento inesperado surpreendeu colegas de trabalho e influenciadores do segmento político. Diferentes versões da saída do comunicador geraram uma onda de críticas e xingamentos a alguns apresentadores da 'Oeste'.
O próprio Navarro pediu o fim da hostilidade online e do boicote às assinaturas.
“Não ataquem os meus amigos, eles não têm nada a ver com o que aconteceu”, disse em vídeo. “A empresa pode passar por dificuldades se tiver um cancelamento. Não façam uma guerra que não tem sentido.”
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa ‘Faroeste à Brasileira’, afirmou que a demissão foi por “uma coisa muito pessoal”, sem entrar em detalhes. “Vocês que estão crucificando a revista Oeste, estão errados.”
Outro nome forte da revista, Rodrigo Constantino, também se manifestou. “Muita gente repetindo uma lista infindável de baboseiras. Dizendo que o Kassab comprou a Oeste, a Oeste mudou e virou ‘Centro-Oeste’, o Deltan Dallagnol tem influência agora, virou partido Novo, proibido elogiar o Flávio Bolsonaro, um monte de coisa que não faz nenhum sentido.”
Pouco antes de ser dispensado, Silvio Navarro — que anteriormente trabalhou em ‘Veja’ e na Jovem Pan News — declarou apoio à candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República.
Também integrante da ‘Oeste’, a comentarista Ana Paula Henkel criticou o fogo amigo contra a revista por pessoas do mesmo lado no espectro ideológico. “A direita brasileira vai apanhar mais uma vez, e de maneira histórica em 2026, se continuar sabotando quem quer o bem pelo Brasil.”