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Carlinhos Maia erra ao falar de suicídio, Felipe Neto o critica e cita Setembro Amarelo

Em pleno mês de campanha de conscientização sobre saúde mental, influenciador mandou jovem se matar em vídeo

2 set 2019 - 13h41
(atualizado às 13h44)
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Felipe Neto considerou "inaceitável" declaração de Carlinhos Maia sobre suicídio.
Felipe Neto considerou "inaceitável" declaração de Carlinhos Maia sobre suicídio.
Foto: YouTube / @FelipeNeto | Instagram / @carlinhosmaiaof / Estadão

O youtuber Felipe Neto publicou em seu perfil no Twitter um trecho do Código Penal como resposta ao comentário de Carlinhos Maia sobre suicídio nesta segunda-feira, 2.

Com um tom de fala agressivo e sem considerar as cartilhas científicas voltadas ao tema, Maia criticou um jovem de 16 anos com ideação suicida no domingo, 1º, dizendo que ele ainda "nem começou a vida" ao compará-lo com uma idosa de 65 anos que passa dificuldades para sustentar a família.

Neto não gostou da declaração do influenciador digital, falou que a postura dele foi "inacreditável" e, horas depois, compartilhou o artigo 122 do decreto-lei, dando a entender que a fala de Maia pode ser considerada criminosa pela Justiça, sob pena de dois a seis anos de prisão. Leia:

Vale ressaltar que os comentários foram feitos no começo do Setembro Amarelo, que contempla todo o mês, anualmente, com campanhas em prol da saúde mental e de prevenção ao suicídio.

Seguindo relatórios da Organização Mundial da Saúde, a postura de Carlinhos Maia ao lidar com o tema foi errada, uma vez que não considerou que 90% dos casos de suicídio estão associados a distúrbios mentais e, portanto, podem ser evitados se as causas forem tratadas corretamente.

Para não endossar comportamentos contra a vida, o E+ optou por não reproduzir na íntegra a fala de Carlinhos Maia.

+++ Produtores de conteúdo falam sobre saúde mental no YouTube e ajudam no combate ao suicídio

O psiquiatra José Alberto Del Porto, pós-doutor pela Universidade de Illinois (EUA) e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), explica que "a ideia de que o suicídio é um ato de liberdade e um exercício de livre arbítrio está errada".

"A doença mental limita a liberdade da pessoa e a capacidade de escolha. É importante lembrar que o suicídio está na maior parte das vezes atrelado a uma doença passível de tratamento e prevenção", alerta.

Busque ajuda

No Brasil, o Centro de Valorização da Vida (CVV) oferece atendimento 24 horas a quem está com pensamentos suicidas ou que enfrenta outros problemas.

"Mesmo que você não tenha certeza de que precisa de nossa ajuda, não tenha receios em entrar em contato com a gente. Um de nossos voluntários estará à sua disposição", explica a equipe do site.

O serviço pode ser acionado para um voluntário ir até a casa da pessoa ou conversar via chat, telefone ou e-mail. Acesse aqui.

Estadão
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