Alexandre de Moraes libera contas bloqueadas do influenciador Monark em redes sociais
Morando nos Estados Unidos, o influenciador Monark teve suas contas nas redes sociais desbloqueadas após Alexandre de Moraes liberar
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu nesta sexta-feira (7) pelo desbloqueio das contas em redes sociais do influenciador digital Bruno Aiub, conhecido como Monark. A decisão foi tomada após o avanço das investigações, que indicaram que não há mais necessidade de manter o bloqueio das redes sociais do influenciador. Apesar disso, Moraes manteve a exclusão das postagens consideradas ilícitas, incluindo conteúdos de desinformação e discursos de ódio que atacavam as instituições democráticas.
Monark está sendo investigado por incitação ao crime devido a publicações que, segundo a Polícia Federal, propagavam fake news e incitavam discurso de ódio. Essas atitudes colocaram em risco as instituições do Brasil e o próprio estado democrático de direito. Moraes destacou que, embora o bloqueio tenha sido revogado, o influenciador deverá se abster de postar novamente conteúdos ilegais. O ministro também determinou uma multa de R$ 20 mil em caso de reincidência em publicações que promovam desinformação ou discursos de ódio.
A investigação de Monark faz parte do inquérito sobre os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por manifestantes. Em decisões anteriores, Moraes havia proibido o influencer de espalhar informações falsas sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacando o compromisso com a preservação da verdade e a integridade das instituições. Além disso, em agosto de 2023, o ministro impôs uma multa de R$ 300 mil por descumprimento de decisões judiciais relacionadas à disseminação de fake news.
A Polícia Federal também apontou que o influenciador cometeu o crime de descumprimento de decisão judicial ao criar novos perfis para continuar publicando desinformação, apesar das restrições impostas pelo STF. A PF alega que o influenciador tentou lucrar com esse conteúdo, violando diretamente as ordens judiciais. Segundo o Código Penal, quem desobedecer uma decisão judicial pode ser punido com detenção de três meses a dois anos ou multa.