30 anos de Marília Mendonça: Relembre a tragédia que tirou a vida da cantora
SAUDADE ETERNA! 30 anos de Marília Mendonça teriam sido comemorados nesta última terça-feira, 22; veja
Nesta terça-feira, 22, Marilia Mendonça estaria completando seus louvados 30 anos de idade se sua vida não tivesse sido interrompida pelo trágico acidente aéreo em 2021. Nesse dia especial, a equipe da cantora publicou uma homenagem tocante nas redes sociais: "Não há sequer uma rua, uma casa, um dispositivo móvel ou um coração em que Marília não esteja presente. Marília, hoje é seu dia e você está aqui", dizia um trecho.
Relembre o trágico acidente
Era dia 5 de novembro de 2021, final da tarde, quando o Brasil se chocou com a morte de Marilia Mendonça. cantora estava em um ajtinho particular com mais quatro pessoas a caminho de Caratinga, em Minas Gerais, onde ela se apresentaria naquela noite. Porém, às 15h30 daquele dia, o corpo de Bombeiros recebeu um chamado para atender uma ocorrência de queda em um curso d'água na BR-474. O bimotou Beech Aircraft decolou por volta das 13h no aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, e caiu na cidade de Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, zona oeste do estado mineiro.
De acordo com a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a aeronave bateu cotnra um cabo de uma torre de distribuição de energia, causando problemas técnicos no automovel. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) noticiou que o bimotos operava desde o incio de 2021 e havia realizado uma série de voos com problemas no para-brisa e registro de episódios em que o vidro estava embaçado, prejudicando a visibilidade em decolagens e pousos.
O Corpo de Bombeiros fez o resgate assim que receberam o chamado. Lá, encontraram o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto Tarciso Pessoa Viana. Todos morreram no momento do choque.
O que causou o acidente?
Naquele ano, a Polícia Civil de Minas Gerais responsabilizou a tripulação pela queda. Segundo as investigações, o piloto e o copiloto realizaram a manobra errada no momento do pouso. Foram feitas três linhas de investigação (falha mecânica, mal súbito e atentado), e conclui-se uma "avaliação inadequada" por parte do piloto. Também foi descartada a possibilidade de falha mecânica após a entrega do relatório do Centro de Investigação e Prevenção a Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O Instituto Médico Legal (IML) descartou a hiótese do piloto ter sofrido um mal súbito no momento da queda, e também foi descartado embriaguez ou uso de drogas.
Delegados afirmam que a tripulação não respeitou o procedimento operacional da aeronave. Identificou-se um alongamento da chamada "perna do vento", que nada mais é que uma manobra feita em paralelo a pista de pouso, utilizada para garantir conforto e segurança dos passageiros.
Eles estavam em uma velocidade acima do ideal e sairam da área de segurança do aeroporto, colidindo com as torres de transmissão e ocasionando a queda. A investigação afirma que, provavelmente, a tripulação tinha conhecimento das torres por meio das cartas aeronáuticas e, assim, foi concluido que o piloto e o copiloto foram "negligentes e imprudentes", configurando um caso de três homicidios culposos. Como os agentes do crime morreram na queda, aplicou-se a chamada "extinção de punibilidade" e, assim, o caso foi arquivado.