Tim Burton diz que aos 3 anos já via filmes de terror
7 out2012 - 10h39
(atualizado às 10h45)
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O último filme de Tim Burton, Frankenweenie, está repleto de cenas aterrorizantes, mas ele insiste que não tem perigo algum nisso. O aclamado diretor disse que assistiu a muitos filmes de monstros durante sua infância e que não ficava com medo ou apavorado.
"Eu cresci vendo muito longa de horror. Adorava assistir a todas as produções que tinham monstros, filmes que não passam mais na televisão hoje em dia. Isso nunca me incomodou, ou prejudicou minha infância. Quando tinha 3, 4, 5 anos já era vidrado nesse tipo de filme", contou.
No entanto, Tim confessou que ainda fica chocado ao ler histórias infantis para os filhos - Billy, 8 anos, e Neil, 4 anos, frutos de sua união com Helena Bonham Carter. Para ele, o conteúdo é muitas vezes pesado demais.
"Sempre acreditei que as crianças são capazes de decidir, melhor do que ninguém, o que conseguem suportar. Minha filha tem quatro anos e, quando leio contos de fada para ela, até eu fico chocado", declarou em entrevista para a Time out.
"Contos de fadas são muito intensos, mas acredito que também sejam um meio de fazer com que as crianças explorem assuntos como morte de uma forma menos traumática. O que mais me fascina é que os pais parecem esquecer disso tudo com o tempo."
Cineasta Tim Burton foi fotografado na pré-estreia do seu mais recente filme 'Frankenweenie', em Los Angeles
O filme O Gorila, do cineasta José Eduardo Belmonte, teve sua primeira sessão aberta ao público nesta sexta-feira, no Armazém da Utopia, no Cais do Porto, dentro da programação do Festival do Rio. Boa parte da plateia que acompanhou a exibição saiu da sala de cinema num misto de confusão, arrebatamento e tontura
Foto: Juliana Prado / Terra
Ousado em praticamente tudo, o longa promete entrar no mercado exibidor nacional, o que deve acontecer no primeiro trimestre de 2013, para despertar paixões e, talvez, certo pé atrás. O Gorila conta a história de Afrânio (um excepcional Otávio Muller), um homem solitário e com problemas graves resultados de uma relação que beira ser doentia com a mãe. De casa, o soturno Afrânio cria o personagem Gorila, que telefona para belas mulheres, provocando fantasias sexuais
Foto: Juliana Prado / Terra
Num clima totalmente denso, ele vai se envolvendo com mulheres atraentes, ao mesmo tempo em que retoma, como se não tivesse saída, a imagem da mãe, um personagem nitidamente com distúrbios. Entre as atrizes que encarnam o "alvo" dos sonhos de Gorila estão Alessandra Negrini e Mariana Ximenes. Maria Manoella vive a controversa mãe de Afrânio
Foto: Juliana Prado / Terra
Em debate realizado logo após a exibição, Belmonte e parte do elenco do filme explicaram um pouco o processo de concepção da montagem. Aos que se confessaram "confusos" com a proposta do trabalho, um espirituoso Otávio Müller, devolveu: "ótimo! A ideia é essa"