"Ninguém prestou atenção nele": Christopher Nolan descobriu uma obra-prima de ficção científica em um vídeo pirata antes de se tornar um filme cult
Para o diretor de Oppenheimer, filmes do gênero precisam de tempo e espaço para ganhar relevância e serem valorizados.
É comum muitos filmes passarem de odiados ou esquecidos a aclamados projetos cult. Hoje um dos longas de ficção científica mais prestigiados de todos os tempos - referenciado, inclusive, em diversas produções multimídia - Blade Runner nem sempre teve a fama que tem atualmente.
Estrelado por Harrison Ford, Ridley Scott lançou o filme em 1983 após dirigir Alien (1979). Além disso, o ator encarregado de dar vida a Rick Deckard foi uma estrela graças a Star Wars e Indiana Jones. Mesmo assim, nada disso ajudou. Blade Runner arrecadou apenas 42 milhões de dólares, custando 28 milhões.
O tempo passou e, uma década depois, o thriller noir futurista começou a ganhar fãs. Christopher Nolan admitiu que descobriu Blade Runner em uma fita VHS pirata quando era adolescente. O diretor de Oppenheimer e A Origem contou essa anedota em conversa com Denis Villeneuve, cineasta responsável pela sequência Blade Runner 2049 e por conduzir a nova versão de Duna nas telonas.
"Eu sei por mim mesmo que a vida de um filme é uma proposta muito mais longa, no sentido de que você assiste aos filmes de outras pessoas e aos seus próprios filmes durante décadas, não nos fins de semana", começa Nolan. "Acho que o gênero de ficção científica é aquele em que a visão de longo prazo é tudo. As pessoas analisam. Elas valorizam a ficção científica no longo prazo."
"Ning…
No streaming: A trágica ficção científica que apresentou um futuro possível para a humanidade