"Salomé é consagrado no 57º Festival de Brasília

Filme pernambucano conquista o Troféu Candango de Melhor Longa-metragem pelo Júri Oficial e outras seis categorias

Por: Pedro Benjamin Prado

8 dez 2024 - 01h28

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Foto: Divulgação/Ponte Produtoras / Pipoca Moderna

Vitória ampla

O longa-metragem "Salomé", dirigido por André Antônio, foi o grande vencedor da 57ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, levando o Troféu Candango de Melhor Filme pelo Júri Oficial e outros seis prêmios, incluindo uma dobradinha com o público de Melhor Filme pelo Júri Popular. A cerimônia aconteceu na noite de sábado (7/12), no Cine Brasília, reunindo artistas, cineastas e amantes do cinema nacional.

O drama pernambucano acompanha Cecília, uma jovem modelo de sucesso que retorna a Recife, sua cidade natal, para passar o Natal com a mãe. Durante sua estadia, ela conhece um vizinho enigmático e acaba se envolvendo em uma aventura misteriosa. Conforme os dois se aproximam, Cecília descobre que ele está ligado a uma seita obscura que cultua Salomé, a princesa bíblica conhecida por sua história sangrenta e polêmica.

O diretor André Antônio ("A Seita") destacou a complexidade da narrativa e a importância de apresentar histórias que desafiem convenções. "A vida é muito complexa para escrever roteiros com estruturas pré-estabelecidas. O público quer coisa nova, coisa bafo", afirmou ao receber os prêmios.

Além do troféu de Melhor Filme, "Salomé" recebeu os prêmios de Melhor Roteiro (André Antônio), Melhor Trilha Sonora (Mateus Alves e Piero Bianchi), Melhor Atriz Coadjuvante (Renata Carvalho), Melhor Direção de Arte (Maíra Mesquita) e ainda foi consagrado com o Prêmio da Crítica Abraccine e o Prêmio Like, que garante R$ 50 mil em mídia para difusão do filme.

Outros destaques do festival

Embora "Salomé" tenha dominado a cerimônia, "Suçuarana" também se destacou ao conquistar cinco categorias, como Melhor Atriz para Sinara Teles e Melhor Ator Coadjuvante para Carlos Francisco. O filme de Sérgio Borges ("O Céu Sobre os Ombros") e Clarissa Campolina ("Girimunho") sobre uma jornada mítica numa região de mineração ainda foi reconhecida por sua Fotografia (Ivo Lopes Araújo), Montagem (Luiz Pretti) e Edição de Som (Pablo Lamar).

Ne seção de curtas, o grande vencedor foi "Mar de Dentro", premiado como Melhor Curta pelo Júri Oficial da Mostra Competitiva Nacional e Melhor Direção. A obra também recebeu o Prêmio Zózimo Bulbul, que celebra a representatividade negra no cinema.