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'Depois de Lúcia' aborda caso de bullying entre adolescentes

22 mar 2013 - 12h43
(atualizado em 22/3/2013 às 08h44)
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Premiado em Cannes em 2012, na mostra paralela Um Certo Olhar, o drama mexicano Depois de Lúcia, de Michel Franco, parece uma mistura de Malhação e Dogville - tendendo para a superficialidade do primeiro e sem uma fagulha de brilhantismo do segundo.

Depois de Lúcia - O longa mexicano fala de uma relação conturbada entre pai e filha, que piora quando a mãe da garota de 15 anos morre. Eles decidem mudar de cidade, mas no novo colégio a jovem tem dificuldades para começar de novo. Ela não conta sobre os abusos que sofre e se distancia ainda mais do pai
Depois de Lúcia - O longa mexicano fala de uma relação conturbada entre pai e filha, que piora quando a mãe da garota de 15 anos morre. Eles decidem mudar de cidade, mas no novo colégio a jovem tem dificuldades para começar de novo. Ela não conta sobre os abusos que sofre e se distancia ainda mais do pai
Foto: Reprodução

Bullying, aliás, tem-se mostrado um assunto complexo demais para o cinema ficcional até agora. Apenas o documentário Bullying, lançado nos cinemas brasileiros no ano passado, conseguiu evitar a manipulação e o maniqueísmo deste filme mexicano e do premiado dinamarquês Em um mundo melhor, de Susanne Bier.

Alejandra (Tessa Ia) e seu pai, o chef Roberto Rojas (Hernán Mendoza), acabam de se mudar do interior para a Cidade do México depois da morte da mãe da garota num acidente. Mesmo enlutados, precisam retomar suas vidas. A segurança do cotidiano começa a se restabelecer por meio da rotina. A menina retoma os estudos numa nova escola - de classe média alta - onde faz novos amigos.

Franco filma o dia-a-dia da dupla com um distanciamento que poderia se chamar de documental, mas aí é que começa um dos vários problemas do filme: a distância excessiva que resulta numa frieza no tratamento da personagem e na condução da trama.

Por conta de um vídeo que cai na internet, no qual é vista fazendo sexo com um garoto no banheiro, Alejandra se torna vítima de bullying, por parte daqueles que pareciam ser seus amigos na escola. Fora os ciúmes das outras meninas, não há muito que justifique o comportamento e o prazer sádico dos adolescentes contra a protagonista. Crueldade, aliás, é a tônica do roteiro, de autoria do diretor.

Ainda que várias situações sejam até plausíveis, seu acúmulo mostra-se excessivo dentro do universo do filme, mesmo que o diretor recorra a alguns psicologismos para explicar a apatia da menina.

Assim, Depois de Lúcia encaminha sua narrativa no sentido de, de certa maneira, culpar a vítima que, ao não se defender, oferece um estímulo a mais crueldades contra ela.

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