'O Ninho: Futebol e Tragédia' é um misto de dor e impunidade

O Ninho, docussérie da Netflix em parceria com UOL, abre uma caixa de Pandora dolorida, complexa e cheia de ramificações. Com depoimentos poderoso de familiares e pessoas diretamente envolvidas na tragédia, que tirou a vida de 10 crianças das divisiões de base do Flamengo, em 2019, a produção explora o ocorrido de ponta a ponta. 

De forma delicada, os episódios reúnem evidências e depoimentos sobre o que aconteceu no fatídico 8 de fevereiro, no Centro de Treinamento Ninho do Urubu, em Vargem Grande, Rio de Janeiro. Além disso, o documentário, que também conta com cenas recriadas, não se omite na hora de instigar os torcedores flamenguistas no quesito justiça, já que reforça a perda de 10 vidas, 10 sonhos e 10 famílias, afinal, a falta de estrutura do container era nítida e evidente.

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Com o objetivo de entender quem eram eses meninos, que entre 13 e 17 anos, a produção não deixa passar batido o dissabor da impunidade e da falta de justiça para as famílias, que esperam há cinco anos por um encerramento justo do caso, mesmo que a dor da perda nunca se encerre de fato.

A minissérie conta com depoimentos inéditos e cenas dramatizadas para retratar as consequências do incêndio para familiares, sobreviventes e demais envolvidos, que até hoje esperam uma resposta definitiva. 

“Quem dirige ou realiza um documentário acredita que está fazendo, antes de mais nada, um documento. Existem ainda algumas perguntas sem respostas e uma das grandes funções desse trabalho é evitar que essa tragédia seja esquecida. Que a gente de alguma forma registre essas vidas. Que a memória desses meninos seja guardada, lembrada”, afirma Pedro Asbeg.

Com a participação de grandes nomes do esporte como Zico e Vanderlei Luxemburgo, a produção foi realizada pela A Fábrica a partir da ideia original do UOL e desenvolvida por Pedro Asbeg, Renato Fagundes e UOL.

A minissérie conta com 3 episódios e está disponível na Netflix.