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5 filmes de terror body horror modernos

Enquanto o pioneiro David Cronenberg segue na ativa, um dos filhos dele segue seus passos como um dos principais expoentes do body horror moderno

10 abr 2024 - 21h18
(atualizado em 11/4/2024 às 12h18)
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Um dos gêneros mais viscerais do terror, o body horror é aquele tipo de filme que nem todo mundo tem estômago para assistir. O chamado horror corporal também foca no sangue, na violência e nas monstruosidades como tantas outras produções, mas o foco recai sobre os seres humanos, que são a matéria das transformações e aberrações vistas na tela. Como o próprio nome diz, é aquele terror surgido das distorções e deformações do corpo.

Foto: Reprodução/Canaltech / Canaltech

Enquanto o monstro de Frankestein pode ser considerado um dos primeiros exemplos de body horror, tanto na literatura quanto no cinema, é David Cronenberg (Videodrome: A Síndrome do Vídeo) um de seus maiores expoentes. O cineasta de 81 anos de idade, aliás, segue na ativa, enquanto um de seus filhos, Brandon Cronenberg, vem chamando a atenção com produções recentes.

O clássico A Mosca é um dos exemplos mais claros do que é o body horror, mas há várias produções mais recentes levando o estilo a um novo nível (Imagem: Reprodução/Brooksfilms)
O clássico A Mosca é um dos exemplos mais claros do que é o body horror, mas há várias produções mais recentes levando o estilo a um novo nível (Imagem: Reprodução/Brooksfilms)
Foto: Canaltech

Falar de títulos como A Mosca, O Enigma de Outro Mundo, Hellraiser e tantos outros é indicar clássicos absolutos. Aqui, você confere cinco filmes recentes de terror corporal, em uma mistura de grandes nomes do passado com uma nova geração de criadores de body horror.

5. Crimes do Futuro

Começamos, aliás, com o mestre. Em seu filme mais recente, lançado em 2022, o Cronenberg pai repete a parceria com Viggo Mortensen (O Senhor dos Aneis) e ainda traz Léa Seydoux (Duna: Parte 2) e Kristen Stewart (Love Lies Bleeding: O Amor Sangra) ao elenco. Estamos em um mundo no qual a arte e a medicina se misturam.

O personagem de Mortensen é o artista Saul Tender, que ao lado de sua assistente Caprice (Seydoux), faz performances corporais focadas em sua habilidade de regenerar órgãos do próprio corpo. Com um clima sintético totalmente antisséptico, Crimes do Futuro discute transumanismo e evolução enquanto as performances viram alvo de investigação oficial.

O filme está no acervo do Mubi.

4. A Autópsia

Indo além apenas do gênero body horror para ser citado como um dos melhores longas de horror recentes, o filme de André Øvredal (O Caçador de Troll) também apresenta um prato cheio para os fãs do true crime. A investigação da vez acontece na mesa dos médicos legistas, que tentam desvendar o mistério por trás do corpo de uma mulher desconhecida.

O cadáver foi encontrado na cena do assassinato de uma família, mas não é de um dos integrantes dela nem tem relação alguma com os falecidos. Brian Cox (Succession) e Emile Hirsch (Na Natureza Selvagem) são pai e filho, e também os peritos responsáveis por fazer A Autópsia, que esconde segredos sobrenaturais aterrorizantes.

A Autópsia pode ser vista no catálogo do Max.

3. Titane

Um dos expoentes mais recentes do terror corporal também é um dos mais chocantes dos últimos anos. Na história escrita e dirigida por Julia Ducournau (Grave), seguimos a jovem Alexia (Agathe Rousselle). Uma década depois de um acidente de carro que a deixou com grandes cicatrizes, ela ganha a vida como dançarina exótica, mas passa a desenvolver fetiches estranhos que envolvem carros e assassinatos.

Após uma série de mortes, com pessoas próximas a ela entre as vítimas, ela passa a ser procurada por assassinato. Grávida, a protagonista de Titane muda sua aparência e tenta se passar por Adrien, o filho desaparecido do bombeiro Vincent (Vincent Lindon). Consumido pela culpa e uma dose própria de loucura, ele tenta se aproximar enquanto afasta os pensamentos de que há algo de estranho nessa história.

Acredite, esse é um jeito leve de falar de Titane, que exige estômago do espectador. O filme está no catálogo do Mubi.

2. Possessor

É difícil falar de body horror moderno e não citar as duas pauladas mais recentes de Brandon Cronenberg. O já citado filho do ícone do gênero entregou, em 2020, uma perversão digna da comparação de Matrix, caso indivíduos com instinto assassino e pouco apreço pela vida humana se conectassem aos corpos alheios.

No caso de Possessor, a tecnologia é usada por uma corporação para invadir a mente das outras pessoas e as levar a cometer assassinatos. Tasya (Andrea Riseborough) é boa no que faz, mas vê seu próprio estado mental cada vez mais fragilizado a cada conexão, até que começa a perder o controle e ver a própria existência ameaçada por um de seus alvos.

Possessor está no catálogo do Max.

1. Piscina Infinita

Três anos depois de Possessor, o filho de Cronenberg voltou à carga para entregar uma viagem de horror corporal ainda mais violenta e profunda que a anterior. Com Mia Goth (MaXXXine) e Alexander Skarsgård (O Homem do Norte), Piscina Infinita transforma o que deveriam ser as férias em um local paradisíaco numa jornada de violência e terror.

O protagonista é o escritor James Foster (Skarsgård), na clássica história de bloqueio criativo que leva autores a tomarem decisões ruins — neste caso, dirigir embriagado e atropelar uma pessoa. Diante da prisão iminente em um país que pratica a doutrina do olho por olho, ele aceita pagar uma nota para ser clonado, fazendo com que a nova versão morra em seu lugar. Acredite, esse é só o começo da bizarrice promovida por Gabi (Goth) e outras figuras peculiares desse lugar.

Piscina Infinita pode ser assistido no Globoplay.

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