"Sem o Baltazar, o Crô não existe", diz Serrado sobre romance em novo filme

"Sem o Nero, o Crô não existe", diz Marcelo Serrado sobre personagem:

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Crô e Baltazar, ou melhor, Zoiúdo, estão de volta. Os personagens que ganharam o público em Fina Estampa (2009) estrelam a partir desta sexta-feira (29) Crô - O Filme. Em conversa exclusiva com o Terra, Marcelo Serrado, o intérprete do mordomo, contou que o clima de romance criado entre a dupla foi iventado em parceria com Alexandre Nero, que vive o motorista machão.

"A dupla é incrível. Sem o Nero, o Crô não existe. Sem o Baltazar, né? É fundamental. É o Gordo e o Magro, o Albott e Costello. Durante a novela, Aguinaldo Silva (autor) e Wolf Maya (diretor) pegaram o que queríamos fazer e colocaram na telinha. Fizeram pesquisas e o casal preferido do público era Crô e Baltazar", relembrou. "Eu participava do núcleo, mas muito pouco. Meu núcleo principal era o da Dira Paes, que eu batia nela, minha filha e tal. E tinha o casarão, com a (Christiane) Torloni e nós trabalhavamos no mesmo lugar", contou Alexandre Nero.

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"Pensamos que seria muito divertido se esse homem, que bate na mulher, que é machão, aquele típico brasileiro macho, aquela caricatura, fosse o caso desse cara. Hoje, falando isso, as pessoas acham que todo mundo pensou nisso, mas ninguém tinha pensando antes. Na época, eu lembro, ninguém tinha pensado", afirmou. Questionado se Baltazar é realmente gay, Nero brinca: "ele não é gay. O namorado do Crô é que é. Essa é a situação. Ele é um macho alfa, Baltazar não aceita de jeito nenhum".

Vanusa, a nova Rainha do Nilo

Em Crô - O Filme, o mordomo está procurando uma nova "deusa" para servir. Neste caminho, encontra Vanusa, personagem da bela Carolina Ferraz, que é ruim, do jeito que o eterno servo gosta. Com um figurino de couro vermelho e sensualidade latente, a mulher faz bolivianas de escravas em uma confecção de roupas em São Paulo. Entre as principais frases, gritadas pela personagem, está a pérola: "só pode dormir 5h por dia, porque é o que eu durmo e acordo linda. Eu não sou linda?".

Nas cenas, Carolina contracena muito com a jovem Urzula Canaviri, que dá vida a voluntariosa Paloma. "Acho que o pior é a implicância dela com a criança. Tive muito cuidado, cuidei dela, conversava para ela se sentir bem. Então, era antagônico. Tinha todo uma relação pessoal e na hora da cena tinha que sacolejar a menina, cortar o cabelo dela. Foi difícil. Tadinha. É uma sacanagem. Uma coisa horrível", afirmou a atriz.

No filme, apesar de ser uma personagem de muita atitude, ela vive uma relação de submissão com o marido, interpretado por Milhem Cortaz. "Acho que existe uma confusão entre ser submisso e oprimido. Um pessoa submissa pode ser feliz, lépida, fagueira e saltitante. Como o Crô, o prazer dele é servir, atender ao prazer do outro, mas ele é cheio de personalidade, vive a sexualidade dele com toda a liberdade. As pessoas confundem submissão e opressão. Pode ser inteligente ser submisso em alguns momentos. Confrontar algumas situações é uma bobagem. Ela é submissa porque tem aquele homem. Uma mãozada dele deve acabar com cinco pessoas", divertiu-se.