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Bienal do Livro 2022: veja os principais destaques deste domingo

Filas e aglomerações mostram que público abraçou o retorno do evento ao formato presencial

3 jul 2022 - 19h07
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Um fim de semana com tardes ensolaradas empolgou o público no retorno da Bienal Internacional do Livro de São Paulo em sua forma presencial. Mas as filas quilométricas nos estandes das principais editoras não pareciam desanimar o público, formado em boa parte por grupos de jovens e famílias - algumas crianças, pela idade, indo pela primeira vez ao evento.

A editora Rocco, por exemplo, afirmou em comunicado que o primeiro dia "superou muito as expectativas", com cerca de 3 mil livros vendidos no sábado, 2, e um faturamento 157% maior em comparação aos dois primeiros dias da Bienal de 2018 somados. Mesmo com destaque às obras de J. K. Rowling (Harry Potter e Animais Fantásticos, que compunham a decoração do estande), o livro mais vendido até então vinha sendo Um Ano Solitário, de Alice Oseman.

Já Richard Alves, diretor-geral do Grupo Editorial Global, destacou: "As vendas têm se equiparado aos outros anos, mas com um público maior. Temos livros de R$ 5 e R$ 10. Fiquei emocionado e surpreco em ver pessoas pagando seus livros com moedas e notas de R$ 2." Segundo a editora, Povo Brasileiro, de Darcy Ribeiro, e Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, estão foram os seus mais vendidos deste primeiro fim de semana.

Outras editoras contaram com aglomerações em determinados momentos do dia, como Companhia das Letras, Harper Collins, Grupo Editoral Record, Intrínseca e Globo Livros - que contou com seção de autógrafos de Laurentino Gomes e seu recém-lançado Escravidão - Volume 3.

Alguns estandes ofereciam grandes quantidades de livros a preços baixos, o que chamava a atenção dos visitantes, que nem sempre encontravam algo relevante em seu garimpo. Os livros religiosos também têm bastante espaço, em vertentes variadas do cristianismo, como gospel e jesuíta, e espiritismo. Um estande com a palavra "Islam", da Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), chamava atenção para publicações islâmicas.

É fácil se perder entre tantas atrações simultâneas. O som de algumas, inclusive, acabava 'vazando' aos corredores e estandes próximos. Outras acabavam muito restritas, como a conversa "Educação Política", entre Gabriela Prioli e Juliana Souza. Pouco depois de seu início, no Salão de Ideias, dezenas de pessoas se aproximaram dos vidros transparentes, interessadas, mas sem conseguir ouvir o que era dito lá dentro - e o espaço já estava em lotação máxima.

Vale lembrar que, apesar de muitos visitantes estarem de máscara, praticar o distanciamento social fica praticamente inviável em alguns lugares. Era normal ficar a apenas alguns centímetros dos outros, e até contar com alguns esbarrões.

À exceção de pontos específicos, como a praça de alimentação, o palco Arena Cultural e o estande da BibliON, havia poucos lugares com cadeiras ou estofados para descanso, o que fez com que muitos acabassem sentando no chão dos corredores.

As crianças também se encantaram com diversas atrações voltadas ao público infantil. Muitas editoras dispuseram 'fantasiados' para tirar fotos, como Mônica, Cebolinha, o personagem de Diário de Um Banana e até um mascote de soldado na Biblioteca do Exército. Por vezes, era preciso prestar atenção para não passar em frente a uma fotografia sendo tirada.

Um dos momentos marcantes foi o encontro entre o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, o governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), o prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o cartunista Mauricio de Sousa - quem mais chamou atenção do público (Leia mais aqui).

Portugal, inclusive, foi o grande homenageado desta edição, e contou com um estande próprio e destaque a José Saramago. A Bienal do Livro continua até o próximo domingo, 10 de julho. Para fugir das filas, recomenda-se ir durante os dias de semana. para ler mais informações sobre o evento.

Estadão
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