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Ashera: o gato mais caro do mundo e a história por trás do felino de luxo

O gato Ashera aparece com frequência em reportagens sobre animais exóticos sempre associado a luxo, exclusividade e alto custo. Conheça o felino mais caro do mundo.

17 dez 2025 - 11h30
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O gato Ashera aparece com frequência em reportagens sobre animais exóticos sempre associado a luxo, exclusividade e alto custo. Ele figura como um felino doméstico de grande porte, com aparência selvagem e comportamento dócil. Ademais, o Ashera ganhou fama mundial por aparecer como o gato doméstico mais caro do mundo. Ao mesmo tempo, sua origem e autenticidade são alvo de debates, o que desperta curiosidade em quem se interessa por raças raras.

Esse suposto "supergato" teria sido criado por uma empresa especializada em animais de alto padrão, que anunciava exemplares únicos, vendidos apenas sob encomenda e entregues em poucos países. Assim, a combinação de marketing sofisticado, lista de espera e altos valores colaborou para a imagem de status associada ao Ashera. No entanto, especialistas em genética felina chamam atenção para pontos controversos, como a real composição genética e a semelhança com outras raças já existentes.

O Ashera ganhou fama mundial por aparecer como o gato doméstico mais caro do mundo – Reprodução/Youtube
O Ashera ganhou fama mundial por aparecer como o gato doméstico mais caro do mundo – Reprodução/Youtube
Foto: Giro 10

O que é o gato Ashera?

O chamado gato Ashera foi apresentado ao mercado como uma raça doméstica criada em laboratório, resultado do cruzamento entre serval africano, gato-leopardo asiático e gatos domésticos. Assim, a proposta seria unir aparência de felino selvagem - corpo longo, patas altas e manchas marcantes - com temperamento que se adapta à vida em casa. Ademais, descrito como um animal de grande porte, o Ashera poderia atingir mais de um metro de comprimento, da ponta do focinho até a cauda, e pesar mais que a maioria dos gatos comuns.

Na divulgação comercial, anunciavam-se variações como Ashera "clássico", hipoalergênico e até versões com pelagem nevada. Assim, essa classificação reforçava a ideia de exclusividade dentro da própria "raça", aumentando ainda mais o valor de mercado. Entretanto, testes genéticos divulgados por organizações independentes apontaram forte semelhança do Ashera com o gato Savannah, uma raça já reconhecida que também resulta do cruzamento entre serval e gato doméstico.

Gato Ashera: por que ele é considerado o mais caro do mundo?

A fama de que o Ashera seria o gato doméstico mais caro do mundo está diretamente ligada ao seu preço anunciado. Dependendo da versão oferecida, os valores poderiam chegar a dezenas de milhares de dólares por exemplar, com relatos de vendas que ultrapassavam facilmente o custo de um automóvel de luxo. A empresa responsável usava estratégias típicas de mercado de alto padrão: poucas unidades ao ano, atendimento personalizado e forte apelo de raridade.

Além do valor de compra, o custo total de manter um gato Ashera também tende a ser elevado. Por ser um felino de grande porte, com origem ligada a animais selvagens, demanda:

  • espaço amplo para se movimentar;
  • brinquedos resistentes e estímulos constantes;
  • alimentação de alta qualidade;
  • acompanhamento veterinário frequente, muitas vezes com profissionais especializados em raças híbridas.

Quando todos esses fatores são somados ao preço inicial, o Ashera se consolida na mídia como um dos felinos mais caros já anunciados, mesmo em meio às dúvidas sobre sua real distinção em relação ao Savannah.

Quais são as principais peculiaridades do gato Ashera?

As peculiaridades atribuídas ao gato Ashera envolvem tanto aspectos físicos quanto comportamentais. Na aparência, destaca-se o porte avantajado, semelhante ao de um pequeno felino selvagem, com patas longas, orelhas grandes e corpo musculoso. A pelagem costuma ter manchas ou rosetas escuras sobre fundo dourado ou amarelado, lembrando onças e outros felinos de savana. Em alguns exemplares, há relatos de olhos expressivos e cauda longa, o que reforça a impressão de animal exótico.

No comportamento, o Ashera é frequentemente descrito como ativo, curioso e com alto nível de energia. Algumas características mencionadas por tutores e criadores incluem:

  • grande necessidade de brincar e explorar ambientes;
  • tendência a criar laços fortes com pessoas específicas da casa;
  • interesse por água e alturas, subindo em móveis e prateleiras;
  • eventual comportamento mais independente que o de gatos domésticos tradicionais.

Essas características, porém, são muito parecidas com descrições já conhecidas de raças híbridas como o Savannah, o que reforça a discussão sobre a real diferença entre elas.

O gato Ashera é realmente uma raça exclusiva?

A exclusividade do gato Ashera é um dos pontos mais discutidos entre especialistas. Enquanto a empresa responsável divulgava o animal como uma nova raça, criada por meio de cruzamentos controlados e patenteados, testes de DNA realizados por laboratórios independentes indicaram que alguns exemplares identificados como Ashera tinham o mesmo padrão genético de gatos Savannah. Isso levantou questionamentos sobre se o Ashera seria de fato uma raça inédita ou apenas um Savannah comercializado com outro nome e preço muito mais alto.

Entidades de registro de raças felinas, como associações internacionais de criadores, não reconhecem o Ashera como raça oficial. Por sua vez, o Savannah tem reconhecimento por alguns desses organismos, com padrões definidos de aparência e temperamento. Assim, esse cenário faz com que a suposta exclusividade do Ashera dependa mais do discurso de marketing do que de um consenso científico ou de criadores.

A exclusividade do gato Ashera é um dos pontos mais discutidos entre especialistas – Reprodução
A exclusividade do gato Ashera é um dos pontos mais discutidos entre especialistas – Reprodução
Foto: Giro 10

Quais cuidados e responsabilidades envolvem um gato tão raro?

Ter um gato que figura como o mais caro do mundo traz uma série de responsabilidades. Afinal, além dos custos de alimentação e saúde, há questões éticas e legais. Em alguns países e cidades, há regulação ou até restrição da posse de híbridos de gerações próximas a felinos selvagens. Issopode valer também para animais comercializados como Ashera, dependendo de sua porcentagem de sangue de serval ou de outras espécies.

Entre os cuidados mais citados para raças híbridas de grande porte estão:

  1. Garantir espaço adequado, com áreas seguras para correr, pular e gastar energia.
  2. Oferecer enriquecimento ambiental, como prateleiras, arranhadores altos e brinquedos interativos.
  3. Manter vacinação, vermifugação e exames de rotina em dia, com orientação profissional.
  4. Verificar a legislação local sobre posse de animais exóticos e híbridos.
  5. Buscar informações com criadores responsáveis, exigindo documentos e histórico do animal.

Diante de tantos pontos, o gato Ashera acaba sendo mais do que um símbolo de luxo: torna-se um exemplo de como marketing, genética e legislação podem se cruzar no universo dos animais de estimação de alto padrão, exigindo atenção redobrada de quem se interessa por esse tipo de felino.

Giro 10
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