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Dom Filó: A estreia de Black Rio! Black Power! foi um sucesso

20 out 2023 - 20h52
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Nos dias 10 e 11 de Outubro o Rio de Janeiro celebrou a estreia do filme Black Rio! Black Power! de Emílio Domingos, obra que retrata a importância do Soul no Brasil, junto de uma forte homenagem a Dom Filó, a mente por trás da Soul Grand Prix.

O dia era nublado, mas ainda sim abafado. Cheguei na porta do Odeon, um dos principais cinemas do Brasil e o que vi foi surpreendente, uma multidão aos arredores da cinelândia esperando pra assistir o filme Black Rio! Black Power!

Foto: AUR

Aquele esquema de lei, pipoca, refri, procura a cadeira, encontra, se ajeita e espera a obra começar. Um ponto importante a ser dito, é que assisti a sessão do dia 11, como convidado em uma sessão aberta para o público. No dia anterior, (10) Emílio Domingos e seu time montaram a exibição na Gávea, contando com a presença de Regina e Benedita Casé, Betty Faria,Carlos Alberto Medeiros e todo o elenco do documentário.

Foto: AUR

O filme é majestoso, tem como palco principal o Grêmio de Rocha Miranda, local que pra mim, que sou cria de Barros Filho tem um valor inestimável, assim como eu sei que tem pra cada pessoa que frequentou os bailes da Soul Grand Prix na década de 1970.

Black Rio! Black Power! Fala sobre comportamento, sobre atitude, traça um panorama histórico sobre o período da Soul Music e sua queda, quando chega a era Disco nas paradas das rádios.

O contexto político e o impasse que os sambistas tinham contra o Soul, a partir de uma rivalidade criada pela mídia, fizeram com que o movimento enfraquecesse nas rádios, mas ganhasse força nas ruas, dando vida inclusive ao Hip Hop, um dos filhos do gênero musical que marcou uma era.

Foto: AUR

Saio da sala de cinema emocionado e inspirado após o debate, que fortaleceu ainda mais minha percepção sobre o corre de Emílio Domingos, que foi responsável de alguma forma pelo meu crescimento enquanto jovem periférico amante de rap, através do L.A.P.A, outro documentário que ele dirigiu. 

Pra fechar, rolou aquele baile de lei no Cordão do Bola Preta, também no centro do Rio, mostrando que a velha guarda tá no auge da inspiração, com muito swing, ritmo e potência, assim como Dom Filó, o homenageado do dia. Foi foda. 

AUR
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