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'Baby Shark': 8 curiosidades por trás do vídeo que se tornou o mais visto da história no YouTube 

Canção infantil de melodia viciante já foi tocada 7,04 bilhões de vezes, ultrapassando o recordista anterior 'Despacito', sucesso pop latino do cantor porto-riquenho Luis Fonsi.

3 nov 2020 - 13h50
(atualizado às 14h01)
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Música já foi tocada 7,04 bilhões de vezes, ultrapassando o recordista anterior Despacito, o sucesso pop latino do cantor porto-riquenho Luis Fonsi
Música já foi tocada 7,04 bilhões de vezes, ultrapassando o recordista anterior Despacito, o sucesso pop latino do cantor porto-riquenho Luis Fonsi
Foto: Pinkfong / YouTube / BBC News Brasil

Baby Shark, a canção infantil de melodia viciante que viralizou na internet, tornou-se o vídeo mais assistido no YouTube.

A música já foi tocada 7,04 bilhões de vezes na plataforma, ultrapassando o recordista anterior Despacito, sucesso pop latino do cantor porto-riquenho Luis Fonsi.

Isso significa que, se fosse reproduzida sem parar, Baby Shark poderia ser transmitida continuamente por 30.187 anos.

Estima-se que sua criadora, a empresa sul-coreana Pinkfong, tenha ganhado US$ 5,2 milhões (R$ 30 milhões) apenas com as transmissões no YouTube.

Confira algumas curiosidades por trás desse estrondoso sucesso.

1) Origem antiga

Foram necessários quatro anos para Baby Shark subir ao "pódio" dos vídeos mais assistidos do YouTube, mas a canção é na verdade muito mais antiga, embora sua origem seja alvo de divergências.

Acredita-se que ela tenha se originado nos acampamentos de verão dos Estados Unidos na década de 1970. Outra teoria diz que foi inventada em 1975, quando o filme Tubarão, do cineasta americano Steven Spielberg, se tornou um sucesso de bilheteria em todo o mundo.

2) Diferentes versões

Há um grande número de variações da canção original, incluindo uma versão em que um surfista perde um braço para o tubarão e outra em que o protagonista morre.

Também há versões internacionais — incluindo a francesa Bebe Requin e a alemã Kleiner Hai ('Tubarão Pequeno', em tradução livre para o português), que se tornou um sucesso de pequeno alcance na Europa em 2007.

Mas nenhuma delas conseguiu igualar o êxito da versão de Pinkfong, que foi interpretada pela cantora coreana-americana Hope Segoine, de 10 anos, e enviada para o YouTube em 2015.

3) Refrão viciante e coreografia

O refrão viciante "doo doo doo doo doo doo" e a coreografia se tornaram uma mania na Coreia do Sul, onde bandas populares como Red Velvet, Girls 'Generation e Blackpink começaram a incorporar a canção em seus shows.

Em junho daquele ano, a Pinkfong lançou um segundo vídeo, intitulado Baby Shark Dance, com duas crianças fofas realizando a dança.

A música é um chamariz para crianças, cujo apetite pela repetição sem dúvida a ajudou a subir no ranking dos vídeos mais assistidos do YouTube.

"As canções infantis sempre foram lentas, muito fofas, mas algo que ajudava seus filhos a adormecer — ao contrário de Baby Shark", disse o diretor de marketing da Pinkfong, Jamie Oh, à BBC em 2018.

"O bebê tubarão da Pinkfong é muito moderno e tem uma batida muito brilhante com movimentos de dança divertidos. A animação é muito viva. Nós a chamamos de K-Pop para a próxima geração."

4) Hashtag viral

O clipe da Pinkfong inspirou a criação da hashtag #BabySharkChallenge, mobilizando desde trabalhadores rurais indonésios até estrelas pop Cardi B e Josh Groban.

Isso fez com que a música acabasse se espalhando por todo o mundo.

5) Filme e musical

A Pinkgong informou que está transformando a música em um filme e um musical, e pretende fazer de Baby Shark "outro clássico da música infantil, como Brilha Brilha, Estrelinha", acrescentou Oh.

6) Violação de direito autorais

No ano passado, a controladora da Pinkfong, a também sul-coreana SmartStudy, foi processada pelo compositor infantil Jonathan Wright, que gravou um arranjo semelhante da música em 2011 e alega possuir os direitos autorais da música.

A SmartStudy respondeu que sua versão foi "baseada em uma canção tradicional que passou para o domínio público".

O caso ainda está sendo analisado pela Comissão de Direitos Autorais da Coreia do Sul.

7) Alegação de tortura

No mês passado, a música foi alvo de outra polêmica, quando três funcionários de uma prisão em Oklahoma, nos Estados Unidos, foram acusados de usá-la para punir presidiários.

De acordo com a Justiça americana, cinco prisioneiros foram algemados contra uma parede e forçados a ficar de pé por duas horas enquanto ouviam a repetição de Baby Shark.

A exposição à música colocou "estresse emocional indevido nos presidiários que provavelmente já estavam sofrendo", disse o promotor responsável pelo caso, David Prater.

8) Acalma bebê durante protesto

Mas a música também teve um uso positivo.

Quando Eliane Jabbour inesperadamente se viu no meio de uma manifestação antigoverno no Líbano, em outubro passado, ela ficou preocupada que o barulho assustasse seu filho de 15 meses, que acabava de acordar de um cochilo no banco do passageiro de seu carro.

Em vez disso, manifestantes circularam o carro dela e cantaram Baby Shark para ajudar a acalmar a criança.

Um vídeo do episódio na capital do Líbano, Beirute — com o bebê olhando com os olhos arregalados para o canto e a dança — viralizou e se tornou um símbolo de esperança em meio aos protestos.

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