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Filme: Seus Amigos, Seus Vizinhos





De: Rodrigo Ramiro

Queria apenas acrescentar a genialidade como o diretor Neil Labute termina os seus dois filmes, de forma seca, abrupta, sem perder nada com isso. Apenas discordo de você em um ponto: não dá para comparar este filme com Na companhia dos homens.
O humor amargo deste é insuperável, embora Seus amigos, seus Vizinhos seja um excelente filme sobre relacionamento.
P.S.: Comente Vivendo no Limite.

De: Gerbase

Também gosto do final dos dois filmes. E também gosto muito de
Na Companhia dos Homens. Mas você deve concordar comigo que este Seus Amigos, Seus Vizinhos é um filme que abre maiores horizontes para o diretor, pois consegue manter o olhar extremamente sarcástico sobre os personagens e, ao mesmo tempo, ser carinhoso com eles. Em Na Companhia dos Homens, a devastação é absoluta, não sobra nada, o que não desmerece o filme, mas o afasta bastante do público médio do cinema. Como eu acho que o cinema sempre tem compromisso com o público, gosto das soluções mais "pop" deste segundo filme de Labute.

De: Andrezeira

Nada mais verdadeiro que aquela tua afirmação a respeito do Ferrara, de que ele manda o, digamos, "bom-mocismo cinematográfico" tomar... Prestei vestibular pra cinema três vezes, uma em Sampa, duas em Niterói e, claro, levei pau, porque só pensava em cinema e não em químicafísicabiologiageometria, o que é patético, porque o que eu quero saber é de Buñuel e Kurosawa e que se fodam Pasteur e Rutherford! Talvez preste de novo na UnB, quem sabe. Dia desses me deparei com uma sessão dupla de Robert Altman, The Player seguido por Short Cuts. Fiquei tonto. Lembro que, quando tinha meus treze ou catorze anos, assisti MASH de madrugada, no Corujão, o volume baixinho, morrendo de medo do meu pai acordar e, furioso, me mandar pra cama. Acho que chorei numa das cenas mais hilárias, a do "suicídio" daquele soldado deprimido com um "probleminha". A mesa diante do caixão como a mesa da Santa Ceia, uau! Altman sempre me faz chorar. Em Short Cuts, quando o moleque atropelado morre e os pais voltam pra casa, "órfãos do avesso", digamos, e a vizinha pergunta se a criança está legal... (a música do Chico Buarque que diz "saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu"). Tinha tudo pra redundar em cena de novela, mas não! Há uma sensibilidade inteiramente original, "amelodramática", que não permite banalizar um momento pungente como aquele. Odeio Spielberg por isso. Aquela mania de sublinhar o insublinhável, aquela música grandiloqüente, óbvia ao cubo, aaarrrrgggghhhhhh!!!!! Touro Indomável, quando DeNiro, depois de esbofetear a mulher e espancar o irmão, Joe Pesci, se "reconcilia" com a mulher; um silêncio de desespero, uma agonia surda, uma emoção que por não ser óbvia é verdadeiríssima. Cara, já devo ter te enchido o saco! Foi mal, eu me empolgo fácil em se tratando de cinema. Até a próxima.

De: Gerbase


Entra num cursinho, estuda mais química orgânica, descobre as maravilhas do MRU. Às vezes, a vida pede que a gente se submeta ao sistema, para depois enfrentá-lo com mais raiva ainda. E meter a mão na cara deles como um Touro Indomável.


De: Alysson Martins


Tu já assistiu Vivendo no Limite? Esse filme merece uma crítica cautelosa e observadora, pois os detalhes são tantos que a retórica precisa ser organizada e metódica. Scorsese fez um dos filmes mais brilhantes sobre a loucura das grandes cidades. E uma dica: caso não tenha assistido ao filme, o nome da personagem de Patricia Arquete é MARY.

De: Gerbase


Assisti há pouco, e é sobre ele que escrevo nesta semana. Realmente, é um filme difícil de criticar. Principalmente para mim, pois adoro o Scorcese, mas não consegui me emocionar com o filme. E detestei o Nocolas Cage. Dá uma olhada na coluna. Não entendo a importância da personagem de Patricia Arquette se chamar Mary. Tá certo, tem aquela espécie de Pietá na cena final, mas, sinceramente, não consigo ver a ficha cair. Quem sabe você tem uma interpretação esclarescedora?


De: Thiago Sabino


Viu só, Gerbase, o Sexto Sentido foi indicado em seis categorias, inclusive melhor filme, espero que vença! Mas porque têm tantos filmes indicados que ainda nem chegaram no Brasil? Acho isso um absurdo, essa demora é uma verdadeira sacanagem com todos nós, amantes do cinema. Espero que isso mude. Ah, outra coisa que espero que também mude é a qualidade dos filmes brasileiros, pois dessa vez nem indicado não foi para a grande festa do cinema. Um grande abraço!

De: Gerbase


A maioria dos filmes indicados ao Oscar que não foram lançados ainda deverão estar nas telas brasileiras no início de março. Mas, é claro, isso vale para os mais "importantes". Os que concorrem em categorias "menores" às vezes demoram mais. É o mercado. Ele funciona assim. Quanto à ausência de um filme brasileiro, também acho uma pena. Não gosto de
Orfeu, mas achava que ele tinha (e tem) boas chances de agradar ao público estrangeiro, seja em premiações, seja em bilheteria.

Até mais.


Gerbase

Castelo Rá-Tim-Bum, o Filme (Brasil 1999). De Cao Hamburguer

Carlos Gerbase é jornalista e trabalha na área audiovisual, como roteirista e diretor. Já escreveu duas novelas para o ZAZ (A gente ainda nem começou e "Fausto"). Atualmente finaliza seu terceiro longa-metragem, Tolerância, com Maitê Proença e Roberto Bomtempo.

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