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Calmon: Volkswagen aposta mais em híbridos do que em elétricos

Fabricante alemã antecipou seus planos para o País e elevou o total investido de R$ 7 bilhões até 2026 para R$ 16 bilhões até 2028

9 fev 2024 - 16h10
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Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil
Ciro Possobom, CEO da Volkswagen do Brasil
Foto: VW

A fabricante alemã antecipou seus planos para o País e elevou o total investido que antes era de R$ 7 bilhões até 2026 para R$ 16 bilhões até 2028. Esse montante inclui 16 lançamentos e quatro modelos inéditos no mercado brasileiro. A VW não revelou quais são os produtos inteiramente novos, além das evoluções periódicas dos produtos atuais.

O presidente da empresa, Ciro Possobom, marcou o posicionamento mercadológico em encontro com a imprensa. “A estratégia do Brasil não pode ser igual à chinesa, que deu prioridade ao carro elétrico. Acreditamos no motor flex e não está nos planos uma mudança radical, pois aumentaria demais os custos de produção. O flex é um ativo do país e um híbrido desse tipo faz mais sentido.”

Veículos elétricos (VE) não estão incluídos, nessa rodada de investimentos em manufatura, pois a previsão é apenas para 2030, embora a empresa vá importar pelo menos mais um VE até 2028. A VW contempla investimentos em todas as suas quatro fábricas, inclusive a de motores em São Carlos (SP), onde será produzido o novo TSI de 1,5 litro flex que atende aplicação híbrida.

O modelo para São José dos Pinhais (PR) deverá ser uma picape intermediária na mesma faixa da Rampage e da Toro. Talvez o nome Tarok seja o escolhido, mas de porte maior que o protótipo exibido no Salão do Automóvel de 2018. São Bernardo do Campo (SP) estará comprometida com a nova arquitetura híbrida flex MEB Hybrid e dois produtos inéditos.

Possobom adiantou que também haverá um modelo somente com motor a combustão em São Bernardo. Quem sabe uma Saveiro de cabine dupla e quatro portas, hoje apenas com duas portas? A concorrente direta Strada, líder absoluta, tem 60% de suas vendas concentradas nas de quatro portas. Um segundo novo produto será híbrido flex, talvez baseado no Virtus.

Para Taubaté (SP) tudo indica um inédito SUV compacto que será bem diferente do crossover Nivus. O executivo descartou a entrada da marca no segmento de subcompactos, onde concorrem apenas Kwid e Mobi.

Esta semana o banco estatal BNDES aprovou um financiamento de R$ 500 milhões para VW desenvolver produtos “alinhados à sustentabilidade, à eficiência e à transição energética para os próximos anos”. Valor meramente simbólico: apenas 3,1% do investimento total do fabricante.

Sindipeças comemora 70 anos e atualiza sua história

Nada como um bom livro para testemunhar a grande evolução da indústria automobilística no Brasil. O Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) foi e é um dos grandes impulsionadores de uma atividade que começou em 1957 timidamente com apenas 30.542 unidades fabricadas e atingiu o pico de 3.739.525 em 2013.

Um pioneiro, Ramiz Gattás, contou a história do setor de 1957 a 1980 sob o título “A Indústria Automobilística e a 2ª Revolução Industrial no Brasil”. Gattás atuou desde 1951, quando foi o secretário da então Associação Profissional da Indústria de Peças para Automóveis e Similares.

O atual Sindipeças, ao completar 70 anos, lançou uma continuação impressa no final de 2023. O jornalista Marcos Rozen foi responsável pela atualização histórica: “A Revolução na Indústria de Veículos e de Autopeças no Brasil”. Interessados podem ter acesso a uma versão digital no hotsite https://sindipecas70anos.com.br .

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