Testosterona pode promover comportamento não sexual e pró-social, segundo estudo
Em experimentos com roedores, pesquisadores perceberam que os machos podem se tornar agressivos, mas também carinhosos e protetores, dependendo do contexto
A testosterona mexe com o comportamento, mas os cientistas descobriram que não se trata só de sexo e agressividade. Em um artigo publicado na Proceedings of the Royal Society B, uma equipe da Emory University apontou que esse hormônio pode efeitos mais sutis, dependendo do contexto social.
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Segundo esse estudo, a testosterona pode promover diretamente o comportamento não sexual e pró-social, além da agressão, no mesmo indivíduo. O trabalho também revelou como a testosterona influencia a atividade neural das células de oxitocina — o chamado "hormônio do amor", associado ao vínculo social.
O grupo se concentrou nos efeitos neurais da oxitocina usando roedores (em especial, gerbos da Mongólia, oedores que formam laços duradouros e criam seus filhotes juntos). A ideia é chegar à questão de como os hormônios funcionam no cérebro para permitir que um animal mude rapidamente seu comportamento, dependendo do contexto social.
A maioria dos estudos em humanos mostra que a testosterona aumenta o comportamento agressivo, mas os cientistas por trás do estudo se perguntaram se esse hormônio poderia também promover comportamentos pró-sociais.
Através do experimento com os roedores, os pesquisadores perceberam que, enquanto os machos podem se tornar agressivos durante o acasalamento e na defesa de seu território, também exibem comportamento de carinho depois que uma fêmea engravida e demonstram comportamento protetor em relação aos filhotes.
Os autores contam que ficaram surpresos que o roedor se tornou mais carinhoso e pró-social com sua parceira ao receber uma injeção de testosterona. No entanto, o comportamento amigável mudou abruptamente, no entanto, quando os sujeitos receberam outra injeção do hormônio.
"A testosterona parece melhorar o comportamento apropriado ao contexto e desempenhar um papel na amplificação da tendência de ser carinhoso e protetor ou agressivo", concluem os pesquisadores. Segundo eles, aprender como hormônio ajusta animais a contextos sociais em rápida mudança ajuda a entender aa biologia por trás de seu comportamento e a compreender o cérebro em si.
Fonte: Proceedings of the Royal Society B Biological Sciences via EurekAlert!
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