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Arturas Bondarciukas Candido e o motion design em larga escala

Lituano radicado no Brasil, formado na Goldsmiths, assina visuais para turnês globais e telas imersivas

22 set 2025 - 11h44
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Resumo
Arturas Bondarciukas Candido trabalha com motion design para grandes shows e projetos imersivos. Com base acadêmica em Computational Art, colaborou com turnês de artistas pop e desenvolveu conteúdos para arenas como o MSG Sphere e o Intuit Dome. Hoje atua a partir de São Paulo, em fluxo híbrido com equipes internacionais.
Foto: Divulgação

A história de Arturas começa com mudança e curiosidade. Nascido na Lituânia, ele se mudou ainda adolescente para Londres e encontrou ali o encontro entre arte e tecnologia. Desenho, codificação e testes em tela passaram a fazer parte da rotina. A partir dessas experiências, o motion design virou caminho profissional.

Na Goldsmiths, University of London, o curso de Computational Art deu base técnica e abriu espaço para experimentação. Algoritmos, simulação e composição em tempo real deixaram de ser só ferramentas para virar linguagem. Essa mistura de laboratório e estúdio moldou o modo de trabalhar que ele carrega até hoje.

De Londres a São Paulo: base multicultural e projetos globais

A vivência britânica trouxe contato com pipelines complexos e equipes de vários países. Em estúdios e palcos, o aprendizado foi entender que criação e operação precisam caminhar juntas. Cada show tem restrições próprias de tempo, espaço e equipamento.

Atualmente, ele atua como designer na Disguise, líder global em tecnologia para entretenimento imersivo, onde participa do desenvolvimento de projetos de grande escala e relevância internacional. Em paralelo, mantém a Double Studio como espaço autoral, voltado à experimentação criativa e ao desenvolvimento de conteúdos originais para telas imersivas.

Essa rotina entre mercados diferentes pede método. O processo é consultivo, começa entendendo o objetivo do projeto e termina com conteúdo pronto para rodar com previsibilidade.

Formação e linguagem: a influência da Computational Art

A formação em Computational Art ajudou a pensar em cena, ritmo e desempenho ao mesmo tempo. Em telas muito grandes, o excesso de informação cansa, e a falta de contraste derruba a leitura. Ajustar esses pesos é parte do trabalho.

Esboços rápidos viram protótipos em tempo real. A partir deles, o time testa legibilidade, transições e sincronismo com luz e som. O que funciona permanece. O que não funciona é refeito até ganhar clareza.

Foto: Divulgação

Turnês e colaborações no palco

As turnês são laboratório e vitrine. Trabalhos com artistas como Ed Sheeran, BTS e Alt-J mostraram a força do conteúdo visual quando ele conversa com a narrativa do show. Em estádios, tudo precisa ser percebido a muitos metros de distância.

Cada roteiro pede soluções próprias. Em alguns casos, cores sólidas e silhuetas resolvem melhor que texturas complexas. Em outros, gráficos reativos à música elevam a energia da plateia. A decisão passa por testes e pelo olhar da direção.

Telas imersivas e novas arenas

Projetos no MSG Sphere, em Las Vegas, e no Intuit Dome, em Los Angeles, exigem desenho de conteúdo para superfícies curvas e resoluções muito altas. A geometria muda a leitura. Um elemento que funciona em telão plano pode se perder em tela esférica.

Nesses ambientes, planejamento técnico é tão importante quanto a ideia. É preciso prever distorções, pontos cegos e comportamento do público no espaço. O resultado final depende dessa soma de escolhas.

Ferramentas e processo: Notch, Disguise e previsibilidade

Ferramentas de criação em tempo real, como Notch, e plataformas de playback, como Disguise, fazem parte do dia a dia. A escolha depende do projeto, mas a lógica se repete: otimizar assets, reduzir gargalos e garantir repetição confiável em cada apresentação.

O processo segue etapas claras. Protótipos, validação em tela, ajustes finos e empacotamento para operação. Em turnê, o que vale é consistência. O conteúdo precisa responder do mesmo jeito em cidades e equipamentos diferentes.

Foto: Divulgação

Cinema e TV: aprendizados que migram para o palco

No audiovisual, Arturas assinou a liderança técnica em “Lucy, The Human Chimp”. A experiência ajudou a refinar a relação entre narrativa e visual. No set, o tempo é curto e as decisões precisam ser assertivas. Essa disciplina migra para o palco e para instalações.

A participação como membro votante da Television Academy mantém contato com debates sobre linguagem, critérios técnicos e tendências de mercado. A troca de referências alimenta os projetos seguintes.

Filosofia de trabalho e colaboração

A frase que ele repete resume o método: tecnologia faz sentido quando emociona. A ferramenta entra para servir à ideia. Se a cena não comunica, ela volta para a mesa.

O atendimento é consultivo. O time mapeia objetivos, limitações e prazos. A partir daí, constrói caminhos visuais que respeitam o espaço, a operação e o repertório do artista. O resultado precisa ser bonito e operável.

Olhar para o futuro do entretenimento imersivo

A tendência é de integração. Conteúdo em tempo real, cenografia reativa e áudio espacial devem se aproximar ainda mais. Telas deixam de ser apenas suporte para virar parte da arquitetura.

Para o motion design, isso significa pensar em escalabilidade desde o rascunho. Formatos flexíveis, bibliotecas reutilizáveis e pipelines preparados para múltiplas saídas ajudam a manter qualidade e previsibilidade. No fim, a métrica que importa é simples: se o público sente, o trabalho cumpriu a função.

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