Site que vende encontros com coreanos é alvo de investigação por suspeita de exploração sexual
A romantização dos dramas coreanos revela um tipo de fetichização racial, em que o interesse afetivo se baseia apenas na etnia do outro
Os K-Drama estouraram na cultura pop e se tornaram uma febre em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Eles são como se fossem novelas brasileiras, mas exploram de forma diferente o imaginário romântico, idealizado pelos dramas coreanos. A cultura do país passou a ser tão valorizada que a indústria transformou essa idealização em um produto de entretenimento. Foi assim que surgiu o KDramaDate, o primeiro site de encontros com coreanos que passou a ser investigado por suspeitas de tráfico e de exploração sexual de coreanos.
KDramaDate: site de encontros com coreanos é investigado por indícios de tráfico e exploração sexual
O KDramaDate é um site de encontros inspirada no universo dos dramas coreanos, permitindo que os usuários vivam uma espécie de "encontro romântico". Ele surgiu para oferecer encontros com pessoas de nacionalidade coreana, mas acabou sendo alvo das autoridades em uma investigação por indícios de tráfico e exploração sexual. O consulado da Coreia do Sul em São Paulo abriu uma investigação após descobrir que a plataforma, além de vender "experiências culturais", estava supostamente intermediando encontros de teor sexual, e possivelmente, explorando cidadãos coreanos no Brasil. A investigação trouxe um debate sobre a apropriação da cultura questionando até que ponto o interesse pelos K-Dramas se transforma em fetichização e em práticas que reduzem indivíduos e identidades culturais a produtos de consumo.
Feitiche de raça X Racismo: entenda a problemática
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