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Próxima extinção em massa pode estar mais avançada do que imaginamos

Cientistas descobrem atraso entre impactos ambientais e quedas na população de pássaros e mamíferos, indicando que a situação pode ser pior do que se pensava

24 abr 2023 - 21h36
(atualizado em 25/4/2023 às 12h21)
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Após cinco grandes extinções de espécies animais na história da Terra, a primeira influenciada por ações humanas pode estar mais avançada do que se pensava. Menos de um ano após metas globais de conservação da biodiversidade serem estabelecidas, elas já estão perto de falhar, aponta estudo.

Um artigo publicado por Richard Cornford, biólogo do Imperial College de Londres e do Museu de História Natural britânico, e outros especialistas do Reino Unido revelou que os impactos ambientais em populações de animais podem levar até 45 anos de "atraso" até se revelarem. Isso significaria que os danos causados a elas hoje só se manifestarão, de fato, na década de 2060.

Foto: wirestock/envato / Canaltech

Como a conferência da ONU pela Biodiversidade estabeleceu metas de conservação para 2050, para diversas espécies, já pode ser tarde demais para a tomada de ações que zerem as extinções neste prazo. Isso não significa que autoridades não devam realizar esforços neste sentido — os cientistas destacam que qualquer nível de conservação da biodiversidade traz benefícios para seus ecossistemas e até para os humanos em seu entorno. O fato, contudo, alerta para a necessidade de se planejar a um prazo ainda mais longo

"Mesmo se 30% do planeta estiver protegido até 2030, intervenções adicionais que mitiguem a exploração [de recursos naturais] serão necessárias para proteger adequadamente a biodiversidade e a contribuição da natureza para as pessoas," alertam os pesquisadores.

O estudo demonstra ainda que espécies maiores são as que mais tendem a sentir os impactos ambientais com o atraso relatado. Por outro lado, pássaros e pequenos mamíferos já devem sofrê-los na próxima década.

Como as quedas populacionais de diversas espécies e até mesmo a extinção de muitas delas vai influenciar outros níveis da cadeia alimentar em diferentes regiões do globo ainda não está claro. Cornford e seus colegas chamam atenção para a necessidade de estudos urgentes neste aspecto.

Fonte: Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences Via: Science Alert

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