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O que faz um animador, profissão dos sonhos do neto de Odete Roitman em Vale Tudo?

Setores de séries de animação 2D são os que mais contratam iniciantes; a publicidade prefere equipes mais experientes

22 ago 2025 - 20h10
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Em Vale Tudo, Tiago Roitman (Pedro Waddington), o filho de Heleninha (Paolla Oliveira), sonha em seguir carreira em animação, mas encontra a resistência do pai. O desejo, no entanto levantou a dúvida: na prática, o que um aluno do curso aprende na faculdade e como ele aplica no mercado de trabalho?

O senso comum indica apenas um caminho quando alguém menciona a animação: filmes da Disney. "Depois de uma base muito grande de desenho, ele aprende a fazer storyboard e começa a trabalhar com softwares bem específicos", Adriana Valese, coordenara do curso de animação da Universidade Belas Artes

"É muito comum em áreas criativas e novas, os pais ainda terem medo", diz Valese.

As aulas técnicas têm objetivo de introduzir os estudantes nos vários estilos de animação. Valese citou que as principais são animação clássica quadro a quadro, 2D digital, Stop Motion, 3D e design de games.

Em suma, a animação clássica quadro a quadro (ou pencil test em mesas de edição) é o método tradicional de desenhar cada frame à mão. O mesmo acontece na técnica 2D digital, só que esta é feita no computador. Já o Stop Motion exige que o profissional fotografe - quadro a quadro - bonecos, massinha ou maquetes para criar o efeito de movimento. A animação 3D usa modelos digitais em três dimensões e tudo é construído em um software.

Fora o núcleo de conhecimentos específicos, quem escolhe a profissão também é apresentado a um repertório cultural, artístico e cultural. "Além das disciplinas técnicas, [o aluno] vai ter aulas de linguagem fotográfica e cinematográfica, música, antropologia cultural e história da animação", diz. "É assim que o profissional vai buscar referencias para desenvolver o processo criativo".

Além disso, dois fatores contribuem para o bom momento da profissão, segundo Forti, o setor de games e os streamings. E o fôlego da indústria não diminuiu com a chegada da inteligência artificial (IA) "Viemos de dois anos de auge da produção de animação para série, longa-metragem e games também", diz. "Em 2025 a gente esperava uma chegada mais forte da IA e na verdade a gente não teve isso".

No Brasil, o professor enfatiza que é possível buscar espaço nas empresas que mais contratam, como Globo, Lightfarm, Copa Studio, Combo Studio, MSP, Split Studio, Pinguim Content e StartAnima Studios. Outro caminho é tentar alguma vaga no exterior. "Eu tenho vários ex-alunos trabalhando na Disney, na Digital Extremes e na Epic, que são de jogos", diz. "O nosso trabalho é super reconhecido lá fora".

Estadão
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