O governo britânico gastou R$ 2 bilhões para atualizar sistemas para o Windows 10 — e agora ele perdeu o suporte
Investir tanto dinheiro em um sistema operacional que já chegou ao fim de seu ciclo de vida não parece um bom negócio (para o contribuinte)
Recentemente, o Departamento de Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido (Defra) concluiu uma ambiciosa modernização tecnológica avaliada em 312 milhões de libras (cerca de R$ 2,1 bilhões). O objetivo: aposentar definitivamente dezenas de milhares de velhos PCs equipados com o já obsoleto Windows 7.
O problema: eles foram substituídos por equipamentos com Windows 10, igualmente obsoleto desde que a Microsoft retirou seu suporte oficial há cerca de um mês.
Comprando obsolescência
O plano de atualização, desenvolvido durante o atual período de revisão orçamentária (2022-2025), pretendia (em teoria) resolver anos de atraso tecnológico. Segundo um relatório enviado ao Parlamento britânico, o Defra substituiria 31.500 laptops com Windows 7 e migraria 137 aplicativos legados para infraestruturas mais modernas.
Além disso, o departamento fechou um de seus centros de dados e planeja desmantelar outros três, enquanto reforça a cibersegurança de um punhado de servidores obsoletos até que possam ser completamente substituídos.
No entanto, a decisão de adotar o Windows 10 justamente quando o sistema operacional entra em sua fase de "aposentadoria oficial" gerou perplexidade — no melhor dos casos.
Milhares de dispositivos continuam fora de jogo
A Microsoft prometeu um último ano gratuito de atualizações de segurança — por meio do programa Extended Security Updates (ESU) —, o que permitirá que as instituições públicas continuem usando o Windows 10 até outubro de ...
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