PUBLICIDADE

Já jogamos! 7 coisas que descobrimos sobre o novo The Rogue Prince of Persia

Novo The Rogue Prince of Persia mistura a clássica franquia da Ubisoft com elementos de Dead Cells para criar um roguevania cheio de estilo. Canaltech já jogou

10 abr 2024 - 16h45
(atualizado às 19h51)
Compartilhar
Exibir comentários

Parece que a Ubisoft realmente gostou de ver a franquia Prince of Persia como um metroidvania. Não por acaso, poucos meses depois do lançamento do aclamado The Lost Crown, o estúdio traz um novo título de sua série clássica mais uma vez dentro do gênero. No entanto, The Rogue Prince of Persia é um pouco diferente do jogo que chegou aos consoles em janeiro.

Foto: Ubisoft / Canaltech

Revelado ao mundo nesta quarta-feira (10), o novo jogo não é desenvolvido pela Ubisoft, mas pela Evil Empire. O estúdio responsável pelo excelente Dead Cells traz toda sua expertise com roguelikes para dar ao Príncipe de Pérsia um novo tipo de desafio — um em que ele vai morrer diversas vezes no processo. Sim, todos aqueles rumores sobre um roguelike da série eram reais.

Novo The Rogue Prince of Persia aposta no estilo metroidvania com um visual repleto de estilo (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Novo The Rogue Prince of Persia aposta no estilo metroidvania com um visual repleto de estilo (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

O Canaltech teve acesso a uma versão ainda não finalizada do game e pôde conferir um pouco de como isso é verdade. Aliás, essa primeira impressão é bastante positiva e mostra como a mudança de ares realmente fez muito bem para uma das franquias mais clássicas dos games. Depois do excelente The Lost Crown, The Rogue Prince of Persia tem tudo para ser um acerto maior ainda — embora cause um enorme estranhamento de início.

Confira algumas coisas que descobrimos nesse primeiro contato com o game.

7. Early access e data de lançamento

Jogo vai receber atualizações constantes e gratuitas (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Jogo vai receber atualizações constantes e gratuitas (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

A primeira coisa que chama a atenção em The Rogue Prince of Persia é a estratégia de lançamento adotada pela Ubisoft. O jogo não será disponibilizado no formato tradicional, sendo disponibilizado via early access no Steam no dia 14 de maio.  

De acordo com a Evil Empire, a ideia é lançar periodicamente novos conteúdos para o jogo com base no feedback da comunidade. A expectativa do estúdio é que, com base no retorno e na própria reação dos jogadores, sejam disponibilizados novos níveis, armas, inimigos e chefes para serem enfrentados. 

É uma abordagem diferente daquela que estamos acostumados a ver com jogos da Ubisoft, sobretudo em suas franquias principais. Ao mesmo tempo, é interessante pensar como esse desenvolvimento contínuo vai transformar o game.

E embora o estúdio diga que as novidades não vão mudar a jogabilidade central, é possível imaginar como todas essas mudanças podem transformar o gameplay

6. Um jogo lindo

The Rogue Prince of Persia é um espetáculo visual com fortes influências do quadrinho europeu (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
The Rogue Prince of Persia é um espetáculo visual com fortes influências do quadrinho europeu (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

Não há como não dizer isso: The Rogue Prince of Persia é um jogo lindo. Fugindo do óbvio, ele traz um visual bem mais cartunesco que lembra bastante um quadrinho europeu. As cores chapadas dão ao mundo uma estética toda peculiar e o estilo mais desenhado do herói deixa tudo muito bonito, principalmente na sua movimentação.

Essa carinha de gibi europeu, remetendo a títulos como Spirou e Lucky Luke, dá um dinamismo bastante particular ao modo como o protagonista se move pelo cenário. Tudo é muito fluido, quase como se ele deslizasse pela tela enquanto ataca inimigos, anda pelas paredes ou se pendura por aí. 

Talvez o pessoal mais purista que prefere visuais mais realistas vá estranhar a decisão artística, mas não há como se impressionar com o que foi feito aqui. É algo que dá muito mais personalidade e diferencia The Rogue Prince of Persia de tudo o que já foi feito na série.

5. Qual a história do jogo?

O Príncipe da Pérsia tem que lidar com o ataque dos hunos ao seu reino (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
O Príncipe da Pérsia tem que lidar com o ataque dos hunos ao seu reino (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

A demonstração a que tivemos acesso deu uma breve noção do que podemos esperar da história de The Rogue Prince of Persia. Como você bem deve imaginar, o jogador controla mais uma vez o Príncipe, que deve usar suas habilidades convenientemente versáteis para lidar com a invasão dos hunos à Pérsia.

Esse ataque é comandado por um rei-feiticeiro chamado Ogai, que utiliza uma magia proibida para corromper tudo em seu caminho, abrindo o caminho para seu exército conquistar o reino. E, de alguma forma, o Príncipe tem sua parcela de culpa nisso tudo.

Não ficou claro na demonstração o que aconteceu, mas o fato é que a imprudência do protagonista abriu as portas para os hunos e, por isso, o herói precisa usar toda sua street wise para se livrar dos invasores.

O grande ponto é que o Príncipe carrega consigo um pingente que recebeu quando ainda era um bebê e que permite que ele ressuscite no último lugar seguro em que esteve. Uma solução um tanto quanto mambembe para justificar a dinâmica roguelike, mas que explica como ele morre e volta tantas vezes.

4. Um roguelike bem familiar

Quem jogou Dead Cells vai perceber como o game influenciou o novo Prince of Persia em várias mecânicas e até na lógica de alguns inimigos (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Quem jogou Dead Cells vai perceber como o game influenciou o novo Prince of Persia em várias mecânicas e até na lógica de alguns inimigos (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

Quem jogou Dead Cells vai reconhecer o DNA do jogo em The Rogue Prince of Persia. Muitas das mecânicas do roguevania que colocou a Evil Empire nos holofotes está presente no novo jogo, embora ele não seja apenas uma nova skin do game de 2017.

A começar pelas semelhanças, sim, estamos falando de um roguelike, daqueles em que você vai ter que morrer muitas vezes para conseguir avançar e entender melhor o que está acontecendo. A cada novo fracasso, suas armas e habilidades são resetadas e você volta para o Oásis, sua base de operações, para iniciar uma nova tentativa.

Assim como em outros títulos do gênero, cada nova run traz um mapa um pouco diferente da rodada anterior. E isso é importante porque o Príncipe vai encontrar personagens novos que vão fornecer informações úteis para liberar novos mapas e desafios, fazendo com que você avance na trama pouco a pouco. Por isso mesmo, morrer não é só rotineiro como necessário para progredir.

3. Acrobacias são fundamentais

O parkour está ainda mais presente (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
O parkour está ainda mais presente (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

Sem muito mistério, a mecânica básica de The Rogue Prince of Persia é mesmo uma mistura de Dead Cells com Prince of Persia. É preciso dar muito salto e pirueta para lidar com todos os obstáculos e inimigos existentes, mas o modo como isso é feito é bem ao estilo da Evil Empire.

Por isso, prepare-se para ir trocando de armas, tanto a principal quanto a secundária, ao longo de cada run, mesclando ataques físicos com golpes à distância de acordo com a estratégia adotada. Além disso, foram adicionados ataques corpo a corpo que criam mais possibilidades, seja por permitir golpes aéreos ou por serem usados em conjunto com habilidades — detalho isso quando falar das skills.

Contudo, o destaque mesmo é a parte acrobática tão presente em Prince of Persia. Pendurar-se em plataformas, subir e descer de prédios e correr loucamente por aí é algo que sempre fez parte da série e que se encaixa muito bem dentro da lógica metroidvania que a Ubisoft já vinha adotando. A diferença aqui está no modo como isso é feito.

Andar nas paredes é fundamental e mexe bastante na lógica do jogo (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Andar nas paredes é fundamental e mexe bastante na lógica do jogo (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

A Evil Empire adicionou mais camadas nesse espírito parkour persa que muda bastante a dinâmica da coisa. O icônico andar nas paredes está de volta e, agora, pode ser usado a qualquer momento com um apertar de botões e também em qualquer direção, criando mais possibilidade de agir.

Na prática, é uma substituição ao velho duplo existente em Dead Cells e tantos outros jogos de plataforma. Só que essa mudança mexe bastante com a jogabilidade, pois altera o modo como você encara cada desafio. Como é possível correr na parede a qualquer momento, o level design foi todo construído para testar suas habilidades nesse sentido. 

Usar esse artifício mexe na forma como você tenta alcançar uma plataforma mais elevada, como tenta resolver um puzzle e até como enfrenta alguns inimigos. A única forma de sobreviver ao chefe disponível na demonstração, o demoníaco General Berude — uma espécie de homem-bode gigante —, é usando essa corridinha na parede para escapar de suas cabeçadas.

É uma mecânica bem legal, ainda que um tanto desafiadora. Seja porque o curto tempo de demonstração não ajudou muito a dominar ou porque eu simplesmente tenho duas mãos esquerdas, o fato é que lembrar de usar o recurso era a parte mais complicada do processo, de modo que passei um pouco de raiva até me acostumar mais à mecânica.

Ainda assim, é muito legal ver como o level design valoriza o domínio do wall run, principalmente nos puzzles. Em determinado momento, entrei em uma área para conquistar uma arma mais poderosa em que o timing correto de andar na parede, saltar e usar o dash no ar precisava ser bastante preciso.

2. Sistema de skills criativo

Combinar skills gera efeitos bem curiosos e úteis nos combates (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Combinar skills gera efeitos bem curiosos e úteis nos combates (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

Outro ponto que chamou a atenção em The Rogue Prince of Persia é como ele traz o sistema de skills para evoluir seu personagem. Como uma árvore de habilidades não faz muito sentido para um roguelike, o caminho tomado pela Evil Empire foi adotar um sistema de medalhões que valem apenas para cada run.

Até aí, tudo bem e nada de muito inovador. A grande sacada está em fazer com que o modo como você distribui essas medalhas mude os efeitos e a potência de cada um deles.

Os efeitos são variados, adicionando vantagens como chutes flamejantes quando o oponente é jogado contra a parede, nuvem de veneno quando sofre dano ou soltar uma resina que prende o inimigo caso ele seja atacado enquanto está tonto. Além disso, cada um pode evoluir até três vezes.

A grande questão é como. O Príncipe possui quatro slots disponíveis para equipar esses medalhões e cada item de habilidade vai afetar os slots adjacentes. Por isso, é preciso saber muito bem onde colocar cada um deles para potencializar os demais, sob o risco de desperdiçar essas melhorias.

Além disso, é preciso saber também quais skills utilizar. Embora você as encontre de forma aleatória a cada run, é fácil obter habilidades que interagem entre si e criam novas possibilidades estratégicas. A fumaça venenosa, quando combinada com o chute flamejante, cria uma explosão que causa dano de área. Já a resina com o fogo cria labaredas que gera dano contínuo em um local.

1. Construindo sua narrativa

O Oásis é seu ponto de segurança e local para onde você retorna sempre que fracassa (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
O Oásis é seu ponto de segurança e local para onde você retorna sempre que fracassa (Imagem: Divulgação/Ubisoft)
Foto: Canaltech

À medida que o Príncipe avança em cada run, ele vai encontrar itens e outros personagens que vão fornecer informações importantes sobre o que está acontecendo no mundo. São detalhes sobre uma localidade específica ou um nome de algum figurão huno para você se atentar. E tudo isso reflete na jogabilidade de alguma forma.

É muito difícil construir uma narrativa mais ampla dentro de um roguelike, gênero cuja base é o vai e vem gerado pela tentativa e erro. É aquela velha ideia de morrer e tentar de novo até conseguir cada vez mais longe. Então como fazer a história evoluir dentro desse ciclo?

The Rogue Prince of Persia encontra uma solução bem interessante para isso. Em termos de localidade, não há muito mistério. Ao se deparar com uma informação sobre uma nova área, como o Acampamento de Guerra dos Hunos, aquele local se torna um novo ponto de partida do Oásis, permitindo que você tenha novos mapas para explorar da próxima vez que voltar à sua base.

Já com as pessoas, a saída encontrada é ainda mais interessante. O jogo cria uma espécie de mapa mental que conecta nomes e fatos importantes. Assim, a cada run, você vai coletando peças desse quebra-cabeça e entendendo melhor quem se conecta a que evento e de que maneira — o que facilita a consulta e até a visualização da grande trama mais para frente.

Trending no Canaltech:

Canaltech
Compartilhar
Publicidade
Publicidade